Copasa vai reajustar contas em 6,18% - ALÔ ALÔ CIDADE

Copasa vai reajustar contas em 6,18%

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Percentual aprovado pela Arsae-MG será aplicado nas faturas que chegam ao consumidor a partir de 13 de maio

14/04/2014 21:02
Os clientes da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) terão a tarifa reajustada em 6,18%. O percentual foi aprovado na sexta-feira pela Agência Reguladora de Abastecimento de Água e Esgoto Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae-MG) e será aplicado nas contas que chegam ao consumidor mineiro a partir do dia 13 de maio deste ano. A resolução que define a nova tarifa será publicada na edição deste sábado do "Minas Gerais", o diário oficial do Estado.

Copasa vai reajustar contas em 6,18% - Foto: ilustrativa
Para o cálculo do reajuste foram levadas em consideração as chamadas despesas administráveis e as não administráveis. No primeiro caso, que teve um peso de 84% no reajuste, o gasto que mais influenciou a alta foi aquele com pagamento de pessoal. "Esse é o maior custo de uma empresa com o perfil da Copasa", explica o diretor-geral da Arsae-MG, Antônio Caram Filho.

Já as despesas não administráveis incluem gastos com energia elétrica, combustíveis, telecomunicações, impostos e taxas. Nesse caso, o maior impacto veio da compra de energia, em conseqüência do reajuste das tarifas, que provocou aumento de 14,59% nessa despesa da companhia.

Também entrou no cálculo para a apuração do reajuste da concessionária mineira a inflação prevista para o período de maio do ano passado a abril deste exercício. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi estimado em 6,49%; o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi projetado em 6,49%; e o IGP-M em 8,35%.

Esse reajuste é o mais alto desde 2011, quando as contas subiram 7,05%. No exercício anterior, o reajuste foi um pouco menor (5,25%) e em 2012 ele chegou a 4,34%. "Temos que levar em consideração que a inflação está mais alta e os custos da energia também. No ano passado, a energia contribuiu para puxar para baixo o valor, ao contrário deste ano", afirma Caram Filho.

Porém, o diretor-geral da Arsae-MG garante que a nova metodologia, utilizada pela quarta vez para calcular o reajuste da Copasa, impediu que a alta fosse ainda maior. Antes, a própria companhia solicitava uma elevação que poderia ser aprovada ou não pelo governo do Estado. Para se ter uma ideia, em 2003 o reajuste chegou a 31,01%. "A agência tem independência técnica para decidir o percentual de alta mais justo. Não é um auto reajuste como antes", afirma.

Para 834 mil famílias mineiras de baixa renda existe a chamada tarifa social. Isso significa que elas têm acesso a serviços de abastecimento e de esgotamento sanitário com valores mais baixos. Os descontos podem chegar aos 40% nas contas.

Caram Filho ressalta que houve um aumento no número de famílias beneficiadas após a mudança de critério de adesão, que ocorreu há dois anos. Em abril de 2012 eram 317 mil residências que recebiam os descontos. Isso significa que houve uma elevação de 163% na abrangência, que atinge cerca de 20% do total de famílias atendidas pela Copasa.


Informações: ARSAE-MG
Leia mais em: Diário do Comércio