Profissão de comissário de voo está em alta e tem salário inicial de R$3 mil - ALÔ ALÔ CIDADE

Profissão de comissário de voo está em alta e tem salário inicial de R$3 mil

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Setor de transporte aéreo espera criar 660 mil empregos até 2.020 no país.
'Sua Chance' mostra os desafios e benefícios dessa carreira promissora

25/08/2014 20:48
Um levantamento da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) mostra uma projeção animadora para os interessados em trabalhar no setor de transporte aéreo no país. Com os aeroportos passando por obras de ampliação em muitas cidades, mais voos são esperados. Até 2.020 a expectativa é que 660 mil empregos sejam criados nessa área. Entre os cargos mais requisitados está o de comissário de voo, e foi justamente a profissão que o "Sua Chance" desta semana decidiu explorar para contar quais são os desafios e os benefícios. Pra começar, plano de carreira e um salário de R$ 3 mil para iniciantes.

Com uma experiência de 15 anos como comissária, Helga Tegan Rocha escolheu ainda na adolescência ser aeromoça. Com 18 anos fez o curso de formação, que dura quatro meses, e não demorou até fazer das viagens a sua rotina de trabalho. Aos 33 anos, já voou pelo Brasil e também pelo exterior, e ressalta uma das vantagens dessa profissão. "Você conhece lugares que seria difícil conhecer só de férias". Helga já passou pela Itália, Inglaterra, Cuba, Paris, Estados Unidos e muitos outros países. "Mas nunca fui pra China", conta.

Após a formação de comissário, que custa menos de R$ 3 mil em cursos especializados, o profissional precisa fazer uma prova na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O salário inicial é de cerca de R$ 3 mil com as horas de voo, e o empregado ainda tem benefícios como auxílio alimentação, plano de saúde e passagens aéreas de graça para ele e a família. A função tem plano de carreira e um comissário de voo internacional pode receber, em média, R$ 7 mil no fim do mês.

Sim, é possível ser comissária e mãe
Quem tinha dúvida se seria possível conciliar o casamento e a maternidade com a profissão de comissária de voo não tem mais. A profissional que engravida, por lei, não pode voar durante a gestação. Ela fica afastada e só volta ao trabalho após a licença maternidade, em um ritmo bem diferente. "Tem a escala-mãe, que permite que a comissária faça voos curtos. Ela sai de casa pela manhã e volta no fim do dia, como um emprego normal", explica Helga, que tem um filho de 7 anos e atualmente é casada com um piloto, aliás, relacionamento bastante comum no meio.
A escala com horário fixo também pode ser negociada para os funcionários que fazem faculdade à noite. Se a comissária preferir, pode voltar à rotina de viagens mais longas quando o bebê estiver maior, que ajudam no complemento do salário por causa dos adicionais de voo e refeição.

Comissária de voo é agente de segurança (Foto: Renato Izidoro / EPTV)
Comissária de voo é agente de segurança (Foto: Renato Izidoro / EPTV)
Da aeromoça aos homens na escala de comissários
A história da função de comissário de voo passou por uma evolução ao longo dos anos. No início, somente mulheres, bonitas, podiam ser aeromoças. Frequentemente eram confundidas com "enfermeira" ou "garçonete" de avião, mas nem por isso perdiam o glamour, que sempre caminhou junto dessa profissão. Com o passar do tempo, os homens começaram a se interessar pela carreira e o nome precisou ser alterado para comissário de voo.


Muito mais do que responsáveis pelo serviço de bordo, os comissários são agentes de segurança. Precisam ficar atentos à possíveis irregularidades que possam acontecer durante a viagem e que podem prejudicar o voo, como orientar os passageiros de que é proibido fumar no banheiro, por exemplo. Eles também estão preparados para lidar com situações de engasgos, paradas respiratórias e até cardíaca.

Leia na íntegra: G1