Jacutinga quer diversificar a economia - ALÔ ALÔ CIDADE

Jacutinga quer diversificar a economia

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Cidade busca indústrias além da confecção e novas plantas devem investir R$ 200 milhões até o fim do próximo ano

29/09/2014 23:55
Cidade do Sul de Minas é conhecida como polo de confecções de malhas e tricô/Divulgação
A cidade de Jacutinga, no Sul de Minas, é tradicionalmente conhecida por seu polo de malhas e tricôs. Entretanto, fatores como a concorrência desleal com os produtos asiáticos, que compromete o desempenho do setor têxtil nacional, e a procura sazonal por esses produtos, muito mais demandados durante o inverno, motiva o município a diversificar sua economia, por meio da atração de indústrias. Conforme o secretário de Desenvolvimento Econômico, Miller Moliani de Lima, até o fim do próximo ano as novas plantas devem ter investido um montante estimado em R$ 200 milhões.

Segundo Lima, as empresas são atraídas não apenas pelos incentivos fiscais oferecidos, mas também pela localização estratégica e qualidade da mão de obra disponível. Entre os nomes já confirmados está a fabricante de móveis de aço Art Móveis, a CVG Papel e Celulose e uma fabricante de ração animal. Outra grande expectativa é a Olga Color, do segmento de alumínio. A operação vai ocupar uma área total de 80 mil metros quadrados e prevê gerar 400 empregos diretos. O faturamento previsto da unidade é de R$ 360 milhões.

Paralelamente, a empresa implantou um novo distrito industrial (DI), localizado às margens da MG-290, com área total de 250 mil metros quadrados. As primeiras indústrias a desembarcar no local, conforme noticiado pela reportagem, foram a fabricante de implementos rodoviários Rodofort, a EBF Capacetes e a multinacional alemã Kathrein.

Diletto - Em abril do próximo ano, Diletto, especializada em sorvetes finos, inicia as obras de sua nova planta no município, que deve começar a operar em setembro de 2015. O valor investido será de R$ 20 milhões. O projeto será implantado em duas etapas. A primeira terá área total de quatro mil metros quadrados e capacidade para produzir até mil toneladas mensais de sorvete. Com isso, a planta, que hoje funciona em Cotia SP, será desativada. A princípio, a fábrica vai empregar 122 colaboradores diretos e cerca de outros 360 indiretos. A segunda fase começa a ser executada em 2016 e contempla a construção de uma fábrica de laticínios, capaz de produzir até quinhentas toneladas mensais.

De acordo com o sócio da Diletto, Fábio de Barros Pinheiro, a empresa foi atraída pelo alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Jacutinga, pelo fácil relacionamento com a prefeitura e pela proximidade com o Estado de São Paulo, principal mercado consumidor da companhia, seguido por Rio de Janeiro, Brasília e Minas Gerais. Em meio à instabilidade econômica, a Diletto mantém o intenso ritmo de crescimento. Ano passado, a corporação alcançou faturamento total de R$ 50 milhões, o dobro em relação ao exercício anterior.

Perspectivas - Conforme o secretário de Desenvolvimento Econômico, o município já tem negociações avançadas com outras duas empresas que manifestaram interesse em se instalar no novo DI. Entre elas, está uma multinacional da área de alimentos e outra da área de fibras óticas. Contudo, os nomes ainda não podem ser revelados, devido a questões estratégicas.

Na visão do prefeito, Noé Rodrigues, o trabalho de apostar na atividade industrial tem o objetivo de dar mais estabilidade à economia local, uma vez que a indústria de malhas é bastante demandada às vésperas das estações mais frias e, quando chega o verão, a cidade sofre com a elevada taxa de desemprego. "Com a chegada das plantas, pretendemos gerar empregos de qualidade, o que ajuda a movimentar também o setor de comércio e serviços. Com isso, todos saem ganhando", comemora.

Leia mais em: Diário do Comércio