Municípios de Minas Gerais tem o melhor quadro socioeconômico do país - ALÔ ALÔ CIDADE

Municípios de Minas Gerais tem o melhor quadro socioeconômico do país

Compartilhar isso

IFDM 2014: municípios de Minas Gerais apresentam quadro socioeconômico melhor que a maioria do país

05/11/2014 18:58
Santa Rita do Sapucaí e Varginha foram as que destacaram em MG - Foto/reprodução
Nova Lima é a líder no ranking estadual do Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM). Em Educação, 255 cidades tiveram alto desenvolvimento e houve avanço em 84,8% dos municípios
O Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM), criado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN) para acompanhar a evolução dos 5.565 municípios brasileiros, revelou em sua 6ª edição que 602 dos 853 municípios mineiros (70,6%) apresentaram IFDM moderado ou alto, frente a 60,7% registrados em nível nacional. Além disso, 50 ficaram entre os 500 maiores IFDMs do país, dos quais cinco na lista Top 100 do ranking nacional.

Com recorte municipal e abrangência nacional, o IFDM avalia as condições de Educação, Saúde, Emprego e Renda de todos os municípios brasileiros. O índice varia de 0 (mínimo) a 1 ponto (máximo) para classificar o nível de cada cidade em quatro categorias: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1) desenvolvimento.

Os resultados obtidos têm base em informações oficiais dos ministérios da Educação, Saúde, Trabalho e Emprego. Nesta edição foram utilizados os dados de 2011, o que permite a comparação do desenvolvimento dos municípios com o ano de 2010 - último ano da primeira década do século XXI. A metodologia foi aprimorada para captar os novos desafios do desenvolvimento brasileiro. O principal incremento foi situar o Brasil no mundo, com base em padrões de desenvolvimento encontrados em países mais avançados.

Minas Gerais ficou com 22 municípios entre os 500 menores IFDMs do país, mostrando grande disparidade de realidades dentro do próprio estado. É o único estado do Sudeste com cidades nessa lista.

No IFDM Educação, o estado se destaca, com 255 cidades (29,9%) com alto desenvolvimento, 593 (69,5%) com desenvolvimento moderado e apenas cinco (0,6%) com conceito regular. Nenhuma apresentou índice baixo. Na comparação com 2010, 84,8% dos municípios registraram crescimento no IFDM Educação, principalmente por melhoras no indicador de distorção idade-série e nas notas do IDEB. O único município a figurar entre as notas Top 100 do país na vertente Educação, foi Bom Jesus da Penha com 0,9412 pontos.

Na vertente Saúde, 215 municípios (25,3%) apresentaram indicador de alto desenvolvimento, 448 (52,5%) ficaram no patamar de moderado, 155 (18,2%) regular e 34 (4%) no de baixo desenvolvimento. Apesar de 77,8% das cidades apresentarem pontuações superiores a 0,6 pontos (moderado a alto), Minas Gerais é o único estado do Sudeste com municípios com baixo IFDM Saúde. Em compensação, 606 (71%) municípios melhoraram a pontuação nessa mesma vertente devido, sobretudo, a avanços no acompanhamento pré-natal.

Na vertente Emprego e Renda, os municípios mineiros apresentaram distribuição por faixas de desenvolvimento bem próxima à observada em nível nacional: 15 cidades (1,8%) com desenvolvimento alto; 141 (16,5%) moderado; 428 (50,2%) regular e 268 (31,4%) baixo. Em 2011, diante do quadro de desaceleração da economia, houve retração desta vertente em 58,5% dos municípios frente ao ano anterior (2010), impactando cidades com alto desenvolvimento cujo número caiu de 20 para 15 em 2011.

No Top 10 do IFDM mineiro, os municípios apresentaram grau de desenvolvimento no mínimo moderado na vertente Emprego e Renda, e alto nas áreas de Saúde e Educação. Todos esses dez municípios registraram crescimento no IFDM Educação, nove no da Saúde e seis no de Educação. E cinco cresceram nas três vertentes: Nova Lima (a primeira cidade da lista), Patos de Minas (segunda), Santa Rita de Sapucaí (terceira), Varginha (quarta) e Pará de Minas. O destaque é Varginha que subiu 29 posições (+7%), passando da 33ª posição para a quarta, devido a Emprego e Renda. No sentido oposto, Uberlândia, a líder do ano anterior, foi a única do grupo a ter queda significativa (menos 1,2%, passando para a sexta posição) devido à redução no Emprego e Renda.

Na lista dos 10 menores IFDMs de Minas Gerais, há um quadro crítico nos índices de Emprego e Renda e Saúde, já que nove apresentaram baixo desenvolvimento figurando, assim, entre os 500 menores IFDMs do ranking nacional. Já a cidade de Água Boa, a última colocada (IFDM de 0,3057) com uma redução de 8,8%, está entre os 100 piores índices do país. Fazem parte ainda dos 10 menores índices mineiros as cidades de Ladainha, Santa Helena de Minas, Juvenília (queda de 9,3%) e Chapada do Norte.

No ranking das capitais brasileiras, Belo Horizonte apresentou alto desenvolvimento nas três vertentes do IFDM: Saúde (0,8278), Educação (0,8192) e Emprego e Renda (0,8049). Na comparação com 2010, avançou 1% devido as altas de 2,3% em Saúde e 2,1% em Educação, e recuo de 1,2% em Emprego e Renda. A capital mineira subiu da sétima para sexta posição no ranking IFDM das capitais.

Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM)
O IFDM – Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal – é um estudo do Sistema FIRJAN que acompanha anualmente o desenvolvimento socioeconômico de todos os mais de 5 mil municípios brasileiros em três áreas de atuação: Emprego & renda, Educação e Saúde. Criado em 2008, ele é feito, exclusivamente, com base em estatísticas públicas oficiais, disponibilizadas pelos ministérios do Trabalho, Educação e Saúde.
Veja as transformações dos municípios consultando o box de pesquisa ao lado. Abaixo, assista ao vídeo que explica o que é e como funciona o índice.

METODOLOGIA

Sua metodologia possibilita determinar, com precisão, se a melhora relativa ocorrida em determinado município decorre da adoção de políticas específicas ou se o resultado obtido é apenas reflexo da queda dos demais municípios.

Vídeo:



Em 2014, a metodologia do IFDM foi aprimorada para captar os novos desafios do desenvolvimento brasileiro para esta nova década. O principal incremento foi situar o Brasil no mundo. A nova metodologia buscou padrões de desenvolvimento encontrados em países mais avançados, utilizando-os como referência para os indicadores municipais. Outro ponto importante foi a atualização de metas e parâmetros nacionais. Neste caso, o ano de referência deixou de ser 2000 e passou a ser 2010.

LEITURA DO IFDM
De leitura simples, o índice varia de 0 (mínimo) a 1 ponto (máximo) para classificar o nível de cada localidade em quatro categorias: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4 a 0,6), moderado (de 0,6 a 0,8) e alto (0,8 a 1) desenvolvimento. Ou seja, quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento da localidade.

Indicador Home

Veja o índice de sua cidade aqui

Informações: FIRJAN (Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM))