Principal instituição médica da cidade enfrenta crise financeira.
Moradores se uniram e conseguiram dinheiro para ajudar hospital
03/12/2014 23:07
Principal instituição médica de Lambari MG, o Hospital São Vicente de Paulo ameaçava fechar as portas por
conta de uma crise financeira. Com um repasse do governo quatro vezes
menor do que o necessário para manter o local funcionando, a instituição
foi acumulando dívidas. Quando parecia não haver solução para o
problema, a população resolveu se unir e ajudar o hospital. A
contribuição dos moradores, feita através de doações em dinheiro, foi
fundamental para manter a instituição funcionando. Hoje, a ajuda da
população já representa 70% do custo de manutenção do hospital e o risco
de fechar as portas não existe mais.
Para quem mora em Lambari e precisa de atendimento médico especializado, o Hospital São Vicente de Paulo é a única alternativa. Na unidade, que é dirigida por um grupo de voluntários desde 2006, são feitos, em média, 450 atendimentos por mês, praticamente todos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O problema é que o repasse mensal do governo é de cerca de R$ 30 mil, menos de um quarto do que se gasta para manter a entidade funcionando. "Nós temos capacidade para atender mais do que a gente atende hoje. O que precisa mesmo é investimento, recursos para conseguir contratar mais médicos, mais serviços para o nosso hospital", afirma o administrador do hospital, William Tucci da Silva.
Para tentar amenizar a situação, desde 2000 a população pode fazer
doações por meio da conta de água, método criado para facilitar o
processo e conseguir mais doações para a instituição. "Facilita porque a
pessoa não tem a preocupação de ter que ir no hospital doar. Assim que
ela autoriza, ela define o valor que quer doar e já vem direto na
conta", explica o contador do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae)
da cidade.
Em média, essas doações chegavam a R$ 2 mil por mês, mas nos últimos meses este valor tem aumentado para quase R$ 6 mil graças a ações de empreendedores da cidade que resolveram se unir e criar uma associação. "Esse grupo, quando se reuniu, sentiu uma necessidade muito grande em ajudar o hospital, e isso se tornou a prioridade do grupo, ajudar a não deixar que o hospital feche. Por isso nós estamos nessa atividade até hoje", conta o vice-presidente da Associação Municipal de Empreendedores Pró-Lambari (Amel), Ricardo Bacha.
As reuniões começaram em março deste ano e a associação passou a
organizar festas beneficentes, rifas e até criaram uma conta para que
lambarienses que moram em outras cidades pudessem doar. Mas a principal
ação foi a de ajudar o hospital a conseguir o reconhecimento como
unidade filantrópica, que garantiu a redução de encargos sociais e
impostos. "A partir de 1º de outubro saiu a filantropia, que já
representou para o mês de outubro uma economia de aproximadamente R$ 15
mil", explica o presidente da AMEL, Silvio Cruz Pereira.
Além disso, moradores e empresas da cidade têm ajudado com uma maior adesão ao sistema de carnês do hospital. Uma fábrica na cidade, por exemplo, paga a metade do valor escolhido pelo funcionário para que ele e a família possam ficar em quartos particulares se precisarem de uma internação.
Segundo o administrador do hospital, somando todas as ajudas, a receita mensal tem aumentado para cerca de R$ 80 mil, o que diminuiu o déficit e afastou, ao menos temporariamente, o risco de fechamento da instituição. A dívida com o INSS, de R$ 260 mil, também pode ser parcelada.
A meta agora é aumentar ainda mais as doações para que as contas do hospital saiam de vez do vermelho e a população possa continuar sendo atendida na unidade. "A ajuda da população é essencial para a manutenção do nosso hospital, visto que ela representa hoje 70% dos recursos que contribuem para a manutenção do hospital. Então [a instituição] passou por um período muito crítico e sem a ajuda dessas doações através do carnê e da população local, o hospital já estaria fechado", completa Silva.
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Para quem mora em Lambari e precisa de atendimento médico especializado, o Hospital São Vicente de Paulo é a única alternativa. Na unidade, que é dirigida por um grupo de voluntários desde 2006, são feitos, em média, 450 atendimentos por mês, praticamente todos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O problema é que o repasse mensal do governo é de cerca de R$ 30 mil, menos de um quarto do que se gasta para manter a entidade funcionando. "Nós temos capacidade para atender mais do que a gente atende hoje. O que precisa mesmo é investimento, recursos para conseguir contratar mais médicos, mais serviços para o nosso hospital", afirma o administrador do hospital, William Tucci da Silva.
Doações de moradores evitou fechamento de hospital em Lambari (Foto: Devanir Gino / EPTV) |
Em média, essas doações chegavam a R$ 2 mil por mês, mas nos últimos meses este valor tem aumentado para quase R$ 6 mil graças a ações de empreendedores da cidade que resolveram se unir e criar uma associação. "Esse grupo, quando se reuniu, sentiu uma necessidade muito grande em ajudar o hospital, e isso se tornou a prioridade do grupo, ajudar a não deixar que o hospital feche. Por isso nós estamos nessa atividade até hoje", conta o vice-presidente da Associação Municipal de Empreendedores Pró-Lambari (Amel), Ricardo Bacha.
Moradores ajudam em 70% da manutenção do hospital em Lambari (Foto: Devanir Gino / EPTV) |
Além disso, moradores e empresas da cidade têm ajudado com uma maior adesão ao sistema de carnês do hospital. Uma fábrica na cidade, por exemplo, paga a metade do valor escolhido pelo funcionário para que ele e a família possam ficar em quartos particulares se precisarem de uma internação.
Segundo o administrador do hospital, somando todas as ajudas, a receita mensal tem aumentado para cerca de R$ 80 mil, o que diminuiu o déficit e afastou, ao menos temporariamente, o risco de fechamento da instituição. A dívida com o INSS, de R$ 260 mil, também pode ser parcelada.
A meta agora é aumentar ainda mais as doações para que as contas do hospital saiam de vez do vermelho e a população possa continuar sendo atendida na unidade. "A ajuda da população é essencial para a manutenção do nosso hospital, visto que ela representa hoje 70% dos recursos que contribuem para a manutenção do hospital. Então [a instituição] passou por um período muito crítico e sem a ajuda dessas doações através do carnê e da população local, o hospital já estaria fechado", completa Silva.
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