Secretaria de Cultura e MP reforçam campanha pela recuperação de obras sacras furtadas - ALÔ ALÔ CIDADE

Secretaria de Cultura e MP reforçam campanha pela recuperação de obras sacras furtadas

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A exposição em cartaz no Museu Mineiro reúne mais de 100 imagens de bens culturais subtraídos


26/08/2015 22:59
São Roque: Foto/reprodução
Mais de 100 imagens de peças sacras desaparecidas fazem parte da exposição “Em busca do patrimônio perdido”, aberta ao público até o dia 15 de novembro, na sala multiuso do Museu Mineiro, em Belo Horizonte. Organizada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura (SEC), a mostra reúne 22 painéis e totens informativos com fotos de imagens de bens sacros que foram retirados de várias comunidades mineiras.
O objetivo da exposição é divulgar as peças, a maioria furtada de igrejas e capelas que datam do período colonial, para que as pessoas as conheçam e ajudem na recuperação. A mostra é itinerante. Municípios interessados em recebê-la devem entrar em contato com o Ministério Público no telefone (31) 3250-4620.
“A mostra oferece a oportunidade de reconhecimento e identificação dessas obras e a possibilidade de restituí-la para seu local de origem”, afirma Andréa Magalhães Matos, superintendente de Museus e Artes Visuais da Secretaria de Estado de Cultura.

Furto do patrimônio
Minas Gerais tem o maior número de bens culturais protegidos. De seus sítios históricos, três são declarados pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade: o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, a cidade de Ouro Preto, e o centro histórico de Diamantina.
Estima-se que 60% dos bens sacros mineiros tenham desaparecido em razão de furtos e apropriações indevidas. Segundo Marcos Paulo de Souza Miranda, coordenador da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, nos últimos dez anos, foram recuperados 365 bens culturais perdidos ou furtados. Outras 707 peças ainda estão desaparecidas.
A subtração de peças sacras movimenta um comércio ilegal altamente rentável. Segundo estimativas da Unesco, o comércio clandestino de bens culturais, em volume de dinheiro, só fica atrás do tráfico de drogas e de armas. O promotor Marcos Paulo de Souza Miranda ressalta que as peças desaparecidas podem estar em antiquários, residências particulares, à venda em leilões ilegais e até mesmo na internet.
“É preciso que o cidadão desperte sua atenção para o tema, pois esse patrimônio integra uma parcela importante da herança cultural dos mineiros e deve ser protegido por todos”, afirma o promotor.
Para denunciar peças sacras desaparecidas você pode na acionar o Ministério Público ou IEPHA.
MP - basta ligar para o telefone (31) 3250-4620 ou enviar mensagem no endereço eletrônico cppc@mpmg.mp.br
IEPHA - é preciso preencher uma ficha de informações disponível no site do IEPHA e enviá-la através do e-mail faleconosco@iepha.mg.gov.br.

Serviço
Exposição “Em busca do patrimônio perdido” (entrada gratuita)
Data: Até 15 de novembro de 2015
Horários: terças, quartas e sextas-feiras de 10 às 19h; quintas, de 12 às 21h; sábados e domingos, de 12 às 19h
Local: Museu Mineiro – Sala Multiuso. Avenida João Pinheiro 342, Belo Horizonte
Informações: (31) 3269-1103

Informações: Governo de Minas