Informação era de que corpo foi encontrado, mas Polícia corrigiu. André Araújo de Almeida está desaparecida desde a semana passada.
23/01/2014 19:50
A Polícia Civil investiga se os restos mortais encontrados na manhã desta quinta-feira (23) são da servidora pública Andréa Araújo de Almeida, de Poços de Caldas (MG), que está desaparecida desde a semana passada. Pela manhã havia sido divulgado pela polícia que um corpo foi encontrado próximo ao local onde foram achados o celular e a bolsa da mulher desaparecida, mas na verdade, segundo a Polícia Militar, por volta de 8h30 o proprietário de uma fazenda, na comunidade conhecida como "Lagoa Dourada", encontrou um crânio e parte de uma ossada no meio de um cafezal.
De acordo com o sargento Wagner Nogueira da Silva, comandante do destacamento da Polícia Militar de Palmeiral, o dono do sítio foi quem encontrou a ossada no meio da lavoura. "Acreditamos que a ossada é recente, já que ainda havia muito odor. Acreditamos também que animais devem ter comido partes do corpo", comentou.
Foram localizados também algumas roupas e um par de sapatos de uma mulher. Tudo estava espalhado pela lavoura. A perícia foi chamada para remover a ossada e a levar para o Instituto Médico Legal (IML), onde o material vai passar por exames.
Ainda não há a confirmação se os restos mortais são da servidora, mas conforme apurado no local, teriam sido encontrados cabelos loiros no crânio, que tinha uma perfuração na testa provavelmente provocada por um disparo de arma de fogo.
Uma colega de trabalho de Andrea teria sido a última pessoa a ter contato com ela e identificou as roupas como sendo da servidora. A família foi acionada para fazer testes de DNA e tentar confirmar a quem pertence a ossada encontrada. O material deve ser encaminhado para análise em Belo Horizonte (MG).
No dia 8 de janeiro, Andréa esteve no Fórum de Poços de Caldas acompanhada do advogado Wellington Santos Moreira para uma audiência de conciliação para desfazer a união estável entre ela e o ex-companheiro e para se discutir a partilha de bens do casal. Na ocasião, o advogado de Andréa descobriu que havia um mandado de prisão contra o ex-companheiro porque ele teria atrasado o pagamento de pensão alimentícia para Andréa. A Polícia Militar foi chamada e o ex-companheiro chegou a receber voz de prisão. Instantes depois, a advogada do ex-companheiro alegou que o mandado já havia sido revogado e por isso ele foi liberado.
Uma nova audiência de conciliação estava marcada para o dia 6 de fevereiro.
Desaparecimento
A família de Andréa acredita que ela tenha sido vítima de sequestro. Segundo a família, ela foi abordada por volta de 18h30 do dia 15 de janeiro a caminho de casa, no bairro Jardim Quisisana, onde morava há cerca de um mês. Na hora do fato, ela falava ao telefone com uma das irmãs, que ouviu quando pelo menos dois homens pediram para que ela saísse do carro. O veículo foi localizado abandonado pouco depois. O celular de Andréa foi localizado na zona rural no dia seguinte.
De acordo com o sargento Wagner Nogueira da Silva, comandante do destacamento da Polícia Militar de Palmeiral, o dono do sítio foi quem encontrou a ossada no meio da lavoura. "Acreditamos que a ossada é recente, já que ainda havia muito odor. Acreditamos também que animais devem ter comido partes do corpo", comentou.
Foram localizados também algumas roupas e um par de sapatos de uma mulher. Tudo estava espalhado pela lavoura. A perícia foi chamada para remover a ossada e a levar para o Instituto Médico Legal (IML), onde o material vai passar por exames.
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| Perícia esteve no local para recolher ossada e roupas (Foto: Jéssica Balbino/ G1) |
Uma colega de trabalho de Andrea teria sido a última pessoa a ter contato com ela e identificou as roupas como sendo da servidora. A família foi acionada para fazer testes de DNA e tentar confirmar a quem pertence a ossada encontrada. O material deve ser encaminhado para análise em Belo Horizonte (MG).
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Ossada foi encontrada em cafezal em distrito de Botelhos (Foto: Jéssica Balbino / G1) Audiência no início do ano
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No dia 8 de janeiro, Andréa esteve no Fórum de Poços de Caldas acompanhada do advogado Wellington Santos Moreira para uma audiência de conciliação para desfazer a união estável entre ela e o ex-companheiro e para se discutir a partilha de bens do casal. Na ocasião, o advogado de Andréa descobriu que havia um mandado de prisão contra o ex-companheiro porque ele teria atrasado o pagamento de pensão alimentícia para Andréa. A Polícia Militar foi chamada e o ex-companheiro chegou a receber voz de prisão. Instantes depois, a advogada do ex-companheiro alegou que o mandado já havia sido revogado e por isso ele foi liberado.
Uma nova audiência de conciliação estava marcada para o dia 6 de fevereiro.
Desaparecimento
A família de Andréa acredita que ela tenha sido vítima de sequestro. Segundo a família, ela foi abordada por volta de 18h30 do dia 15 de janeiro a caminho de casa, no bairro Jardim Quisisana, onde morava há cerca de um mês. Na hora do fato, ela falava ao telefone com uma das irmãs, que ouviu quando pelo menos dois homens pediram para que ela saísse do carro. O veículo foi localizado abandonado pouco depois. O celular de Andréa foi localizado na zona rural no dia seguinte.
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| Segundo polícia, servidora já estava sendo ameaçada em Poços de Caldas. (Foto: Reprodução EPTV / Michel diogo)
No boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, consta que Andréa foi ameaçada de morte pelo ex-companheiro, um empresário de 54 anos. Ela já tinha ido algumas vezes à delegacia para registrar as ameaças. No entanto, segundo o advogado dele, o empresário negou qualquer tipo de envolvimento no desaparecimento da servidora pública.
Ainda conforme ele, apenas um boletim de ocorrência foi registrado no ano passado, depois de uma discussão do casal. A Justiça expediu uma medida protetiva e determinou que o empresário não se aproximasse mais de Andréa. Segundo o advogado do empresário, a medida sempre foi respeitada pelo ex-companheiro.
Na tarde do dia 18 de janeiro, amigos e familiares saíram às ruas de Poços de Caldas em uma manifestação pedindo a participação da população para que pudesse denunciar e ajudar com informações para que a polícia possa resolver o caso. Na tarde do mesmo dia, a bolsa da servidora foi encontrada próximo ao local onde o celular dela já tinha sido encontrado na quinta-feira.
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