Agroindústria de doces em Delfinópolis garante renda para agricultora familiar - ALÔ ALÔ CIDADE

Agroindústria de doces em Delfinópolis garante renda para agricultora familiar

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Iniciativa nasceu com o objetivo de dar um destino para as frutas descartadas da lavoura da família da produtora

11/02/2014 22:30
No município de Delfinópolis, Sul de Minas, a cultura da banana é a principal economia da cidade. A cadeia produtiva gera renda para pequenos e grandes bananicultores, movimenta o comércio e garante trabalho alternativo para agricultores familiares, como é o caso da agricultora Evanir Barros Maia Freitas, responsável pela implantação de uma agroindústria familiar de doces caseiros.

Evanir Barros, que resolveu transformar as sobras de banana em doces, tem renda mensal de R$ 1.500


A agroindústria nasceu com o objetivo de dar um destino para as frutas descartadas da lavoura da família de Evanir, como conta Sávio Marinho, extensionista da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG). Segundo ele, o marido da agricultora familiar começou a cultivar a banana prata-anã há quatro anos. “A maior parte da produção é destinada a atacadistas, mas no processo da seleção da fruta “in natura”, as impróprias para a comercialização, como as despencadas, as maduras ou as bananas abaixo do padrão de tamanho, eram descartadas”, explica.

Percebendo o desperdício de frutas boas para consumo, Ivanir Barros resolveu transformar as sobras em doces e a ideia deu certo. A agricultora já tinha experiência em fabricação de doces. Mas, desta vez, a produção mudou a vida financeira de Evanir Barros. A agroindústria de doces foi construída por meio de recursos próprios e de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), através de projeto da Emater-MG.

A agroindústria produz os “Doces Caseiros Pé da Serra”. A bananada, produzida com as bananas do quintal e com pouco açúcar, caiu no gosto dos clientes e se tornou o carro-chefe. Licenciada pelo Serviço de Inspeção Sanitária (SIM), a doceira também produz cocadinhas e pés de moleque. A produção é vendida para o público na entrada da cidade, na fila para a travessia da balsa, além das muitas encomendas de clientes. A agricultora tem uma renda de R$ 1.500 mensais, que faz muita diferença na economia familiar.

Na produção, a agricultora conta apenas com uma ajudante, e nas horas de aperto tem ajuda do marido e do filho mais novo. Segundo Sávio Marinho, Evanir Barros é um exemplo. “Além de conseguir renda de forma criativa, faz bom uso do dinheiro, investindo nos estudos dos filhos: a primeira filha acabou de graduar-se em engenharia civil, o segundo filho faz agronomia em Muzambinho, e o mais novo, que ainda cursa o segundo grau, planeja seguir o caminho dos irmãos, contando com a ajuda financeira de sua mãe”, conclui o técnico.


Informações: Agência Minas