Meta é vacinar 23,5 milhões de bovinos e bubalinos em todo o estado, até o dia 31 de maio
03/05/2015 13:17![]() |
A vacinação é a única forma de proteger os animais contra a doença e deve ser feita duas vezes ao ano |
Começa, nesta sexta-feira (1º/5), em Minas Gerais, a primeira etapa da
Campanha Nacional de Vacinação contra a Febre Aftosa. A expectativa do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) é
de que todo o rebanho, estimado em 23,5 milhões de bovinos e bubalinos,
seja imunizado em todo o estado, até o dia 31 de maio. A vacinação é a
única forma de proteger os animais contra a doença e deve ser feita duas
vezes ao ano, em maio e em novembro. Nesta primeira etapa, os animais
de todas as idades devem ser imunizados.
Minas Gerais é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal
(OIE) como área livre de febre aftosa com vacinação. Segundo o fiscal
agropecuário do IMA, Sérgio Luiz Lima Monteiro, a manutenção desse
status é fundamental para os produtores e toda a cadeia produtiva da
carne, leite e derivados. “Caso ocorra o aparecimento de focos da doença
no país é disparado um alerta internacional, que faz com que os países
importadores acionem as barreiras sanitárias e suspendam a compra de
todos produtos de origem animal (animais vivos e produtos processados)”,
explica.
Para se ter uma ideia do impacto econômico que um rebanho doente pode
trazer ao estado, dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior (MDIC) e analisados pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa)
mostram que o conjunto de produtos cárneos (bovino, frango, suíno e
peru) somou US$ 974,6 milhões no ano passado, representando 12% do total
de exportações do agronegócio mineiro. No caso de um embargo
internacional, os demais produtos da pecuária também ficam prejudicados e
não somente a bovinocultura.
O prejuízo para os pecuaristas não se restringe apenas ao bloqueio das
exportações e queda imediata de seu faturamento. No caso da doença
atingir o rebanho é necessário o sacrifício, tanto dos animais
infectados como daqueles que tiveram contato com os animais doentes.
O diretor-geral do IMA, Márcio Botelho, reforça a importância de se
manter o rebanho vacinado para a geração de divisas – por meio das
exportações de produtos cárneos - para a economia mineira e brasileira.
“É importante ressaltar também que ao longo dos anos os produtores têm
garantido a vacinação dos animais e, com isso, dão uma importante
contribuição para o agronegócio de Minas e do Brasil”, diz.
Procedimentos
Para adquirir a vacina basta o produtor se dirigir ao estabelecimento
autorizado para a venda do produto, munido de carteira de identidade e
CPF. Segundo o fiscal agropecuário Sérgio Monteiro, após a compra, a
conservação correta é fundamental para garantir a eficácia na imunização
do rebanho. “A vacina deve ser mantida em caixa de isopor com gelo,
numa temperatura entre três e oito graus centígrados. Durante a
aplicação, cuidar para que todo material esteja protegido na sombra”,
orienta.
Para comprovar a imunização do rebanho é necessário preencher o
Formulário de Declaração de Vacinação, também conhecido como Carta Aviso
de Vacinação. O pecuarista acessa o site www.ima.mg.gov.br,
faz o lançamento das informações (número de bovinos e bubalinos
existentes em sua propriedade e os animais imunizados por idade e sexo),
imprime e leva junto com a nota fiscal das vacinas ao escritório do IMA
da sua região.
Nesta etapa, o preenchimento do Formulário de Declaração de Vacinação é
regulamentado por uma resolução conjunta das secretarias de Estado de
Agricultura, Pecuária e Abastecimento e de Fazenda,
que dispõe sobre a atualização cadastral do rebanho bovino. As
informações do rebanho devem ser fornecidas ao IMA, no período de 1º a
31 de maio, durante a primeira etapa da campanha de vacinação. Se
realizada dentro do prazo, a atualização cadastral não acarretará ônus
fiscal ao produtor.
É imprescindível também que o produtor atualize, nesse mesmo
formulário, informações pessoais e da propriedade, como endereço para
correspondência e telefones de contato. O Formulário de Declaração de
Vacinação não é exigido para a compra da vacina, apenas no momento da
comprovação. O IMA alerta para a importância e obrigatoriedade da
vacinação. O produtor que deixar de imunizar seu plantel, poderá ser
penalizado com multa de R$ 68,07 por animal não vacinado.
Informações: Agência Minas