Onda de calor e baixos índices de umidade relativa do ar representam risco à saúde de idosos e crianças - ALÔ ALÔ CIDADE

Onda de calor e baixos índices de umidade relativa do ar representam risco à saúde de idosos e crianças

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Perigos como desidratação são acentuados pelo calor e pela falta de chuvas em Minas Gerais


Onda de calor e baixos índices de umidade relativa do ar representam risco à saúde de idosos e crianças - Agência Minas

O estado de Minas Gerais encontra-se entre as regiões mais impactadas pela onda de calor que afeta o Brasil, de acordo com análises de meteorologistas. A previsão de altas temperaturas nos próximos dias, combinada com a falta prolongada de chuvas, eleva o alerta para riscos à saúde, especialmente entre grupos vulneráveis, como idosos e crianças, além de pessoas com condições de saúde específicas, como problemas cardíacos, respiratórios, circulatórios, diabéticos e gestantes.


A baixa umidade relativa do ar, decorrente da falta de chuvas, agrava ainda mais os perigos associados ao calor. Carolina Guimarães, referência técnica da Diretoria de Promoção da Saúde e Políticas de Equidade da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), destaca a importância de manter-se hidratado em momentos de calor intenso e baixa umidade.


"Especialmente em dias quentes e com umidade relativa do ar baixa, é fundamental atentar para a ingestão de água, evitando substituí-la por bebidas açucaradas, como refrigerantes, néctares, sucos artificiais e álcool", detalha Guimarães.


Outras recomendações importantes para esse período incluem evitar a exposição direta ao sol entre 10h e 16h, usar roupas leves, bonés ou chapéus e protetor solar, manter as janelas abertas em ambientes sem ar-condicionado, criar ambientes úmidos com toalhas molhadas, umidificadores de ar ou recipientes com água, e tomar banhos mornos, evitando mudanças bruscas de temperatura.

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A desidratação pode causar diversos problemas de saúde, como urina escura, cansaço, pele ressecada e até prejuízo na função renal. Em casos de transpiração excessiva, fraqueza, tontura, náuseas, dor de cabeça, cãibras musculares e diarreia, é fundamental procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para avaliação e tratamento.


A quantidade diária de água recomendada pode variar de acordo com a temperatura e as atividades realizadas, mas, em geral, é indicado um consumo médio de dois litros de água por dia. No entanto, é importante considerar o ciclo de vida da pessoa, pois idosos, por exemplo, podem precisar de uma ingestão mais frequente de líquidos devido à redução da sensação de sede e à maior perda de líquidos corporais.


No caso das crianças, os responsáveis devem incentivar a ingestão de água, já que os pequenos nem sempre comunicam quando estão com sede. Em 2023, de janeiro a julho, foram internadas 2.301 pessoas por desidratação em unidades de saúde em todo o estado de Minas Gerais, sendo 384 crianças de até 9 anos e 1.178 idosos com mais de 60 anos.


Daniela Dutra, também referência técnica da Diretoria de Promoção da Saúde e Políticas de Equidade, destaca que frutas e verduras com alto teor de água, como melancia, melão, acerola, laranja, mexerica e abacaxi, são alternativas saudáveis para manter a hidratação. Sucos e picolés feitos a partir de suco natural de frutas também são recomendados.


Ela enfatiza a importância de optar por alimentos in natura e minimamente processados, como frutas, legumes, hortaliças, cereais, leguminosas e carnes magras, especialmente em dias quentes. "Recomenda-se evitar alimentos gordurosos e buscar uma alimentação leve e saudável", conclui a especialista.