Medicamentos falsos para dengue preocupam autoridades de saúde - ALÔ ALÔ CIDADE

Medicamentos falsos para dengue preocupam autoridades de saúde

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Tratamento sem acompanhamento médico resulta em ineficácia e risco de contaminação e agravamento do quadro para pacientes


Medicamentos falsos para dengue preocupam autoridades de saúde - Foto/divulgação

A crescente incidência de casos de dengue na região do Vale do Aço, em Minas Gerais, tem levado autoridades de saúde a alertarem sobre o perigo do uso indiscriminado de medicamentos não autorizados. Com o estado enfrentando o segundo ano epidêmico consecutivo para dengue e chikungunya, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) identificou a presença de uma "cápsula milagrosa" entre a população, agravando a situação.

 

Atalhos no tratamento, como a busca por soluções rápidas e não comprovadas, preocupam as autoridades, que alertam para os riscos à saúde decorrentes do consumo de substâncias sem registro oficial. Até a última terça-feira (6/2), a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Coronel Fabriciano registrava 6.210 casos prováveis de dengue, destacando a urgência na conscientização da população.

 

A coordenadora de Vigilância e Saúde da SRS de Coronel Fabriciano, Micheline Araújo, enfatiza a importância do acompanhamento médico no tratamento dessas arboviroses. "O médico sabe exatamente qual remédio recomendar e se o paciente tem alguma alergia. A automedicação é perigosa e pode agravar a situação", alerta Micheline.

 

Riscos e Recomendações

 

Além de serem ineficientes, medicamentos sem supervisão médica podem ter sido produzidos em condições inadequadas, sem fiscalização farmacológica, apresentando contaminantes prejudiciais à saúde. A auxiliar administrativa Valéria Martins, de 37 anos, destaca a importância de consultar um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tratamento: "Eu não tomo medicamentos que o amigo do Whatsapp recomenda, ele não é médico."

 

A coordenadora Micheline Araújo oferece orientações para a população, ressaltando que o tratamento da dengue e chikungunya se baseia em repouso, boa alimentação e hidratação. Analgésicos comuns, como dipirona e paracetamol, são indicados para aliviar sintomas como febre e dor no corpo. É crucial adquirir medicamentos apenas em drogarias e farmácias autorizadas, evitando produtos sem garantia de origem e fabricação.

 

Alerta contra a automedicação

 

A falta de informações sobre origem, fabricante, lote e responsável técnico são sinais de medicamentos falsificados, que devem ser evitados. A automedicação é desencorajada, pois apenas um profissional de saúde pode avaliar corretamente a condição do paciente, considerando possíveis interações medicamentosas e alergias.

 

Em meio à epidemia, a população deve ficar atenta aos sintomas da dengue, como febre alta, dor no corpo e mal-estar, buscando atendimento médico em casos de piora. A eliminação de focos de proliferação do mosquito Aedes aegypti é essencial para prevenir a disseminação da doença, sendo complementada pelo uso de repelentes e roupas protetoras como medidas de autoproteção.