Delegacia de será adaptada para receber adolescentes em conflito com a lei em Pouso Alegre, MG - ALÔ ALÔ CIDADE

Delegacia de será adaptada para receber adolescentes em conflito com a lei em Pouso Alegre, MG

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Decisão do TJMG obriga Estado de Minas a reestruturar instalações para garantir direitos e segurança dos jovens


Delegacia de será adaptada para receber adolescentes em conflito com a lei em Pouso Alegre, MG - Foto: PC

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou uma decisão crucial para a proteção dos direitos e a segurança dos adolescentes em conflito com a lei: a reestruturação da delegacia de Pouso Alegre, no Sul de Minas. O Estado de Minas será obrigado a adaptar o local, conforme determinação da Justiça de primeira instância, para oferecer condições adequadas aos jovens apreendidos.

 

A demanda, apresentada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), enfatiza a necessidade de alojamentos separados dos adultos, com capacidade mínima para quatro adolescentes, além de instalações que garantam privacidade, saúde e segurança. O Estado também deverá prover recursos humanos para o cuidado dos jovens e garantir alimentação adequada, conforme estabelecido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e pela Constituição Federal.

 

Uma vistoria realizada pela Promotoria de Justiça de Defesa da Criança e do Adolescente de Pouso Alegre revelou condições inadequadas nas celas utilizadas para o acautelamento dos jovens. Falhas como a ausência de camas, chuveiros e local determinado para banho foram identificadas, assim como a falta de lavatórios e ventilação adequada em outras áreas. A estrutura atual, revestida com materiais potencialmente perigosos, apresenta riscos à segurança dos adolescentes.

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A Ação Civil Pública (ACP) destaca que, apesar das promessas de construção de uma Unidade Socioeducativa no município, iniciativas concretas ainda não foram tomadas. Enquanto isso, os jovens continuam expostos a ambientes impróprios, enfrentando riscos que vão desde a falta de alimentação até condições precárias de higiene.

 

Tanto o promotor de Justiça Fabiano Laurito quanto a Coordenadoria Regional da Educação e de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Sul de Minas (CREDCA) acompanham de perto o desenrolar desse processo, buscando assegurar os direitos e a dignidade dos jovens envolvidos.