Doação de leite materno é primordial para recuperação de prematuros - ALÔ ALÔ CIDADE

Doação de leite materno é primordial para recuperação de prematuros

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Bebês internados e que ainda não podem ser amamentados precisam do alimento como fator de proteção e desenvolvimento


Doação de leite materno é primordial para recuperação de prematuros - Foto: Fhemig

 

“O leite materno salvou a vida do meu filho”. A afirmação da técnica de segurança do trabalho Sara Letícia Jesus dos Santos, mãe do pequeno Vicente, que nasceu com apenas 26 semanas e cinco dias de gestação na Maternidade Odete Valadares (MOV), da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), traduz a importância desse alimento na recuperação dos prematuros internados em unidades neonatais.

Doação de leite materno é primordial para recuperação de prematuros - Foto: Fhemig

“A cada dia tomando leite materno doado, ele ia ficando mais forte, ganhando mais peso. Teve um final de semana durante a internação do Vicente que passei na minha cidade e, na segunda-feira, quando voltei, ele já estava com o dobro do tamanho. O leite materno faz muita diferença na vida dessas crianças”, alerta Sara.

Para eles, é muito mais que nutrição. O leite atua no organismo como medicamento, protegendo o recém-nascido e ajudando na recuperação dessas crianças.

Doação de leite materno é primordial para recuperação de prematuros - Foto: Fhemig


Estoque em baixa

Referência estadual em aleitamento, o Banco de Leite Humano (BLH) da Maternidade Odete Valadares precisa de novas doadoras. O serviço arrecadou em outubro 141 litros de leite materno para atender os prematuros - cerca de 40% a menos do volume esperado, que é de 230 litros.

O número de doadoras também está abaixo do habitual: no geral, o BLH/MOV costuma ter aproximadamente cem doadoras cadastradas. Atualmente, apenas 52 mães estão inscritas.

“A mãe que queira doar pode ficar tranquila: o leite não vai faltar para o seu bebê. Quanto mais você doa, mais produz. O que será destinado ao banco de leite é o seu excedente”, reforça a coordenadora do Banco de Leite Humano da MOV, Karine Antunes.

Para doar, a mãe não precisa sair de casa. O BLH envia todo o material necessário para a coleta e as profissionais vão até a residência da doadora para buscar os frascos com o leite que ela coletou.

O leite doado passa por várias etapas rigorosas de seleção e análises microbiológicas até ser pasteurizado e estar pronto para distribuição.

 Corrente do bem

As mães dos bebês que recebem o leite agradecem. É o caso de Jhulia da Silva Brito, de 33 anos, mãe da Maitê, que nasceu de 30 semanas e seis dias.

“O Banco de Leite da Odete Valadares é abençoado por Deus. Fez toda a diferença na recuperação dela. Eu sempre brincava com as outras mães de bebês internados, que eram doadoras, falando para tirarem leite para Maitê, que ela estava precisando. É muito bonito de ver, uma corrente do bem”, afirma.

Jhulia deixa um recado para as doadoras: “Primeiramente, agradeço essas mulheres que se disponibilizam a doar seu leite, é algo muito necessário para o bebê prematuro. E peço às mamães que continuem doando. Vocês salvam várias vidas com esse ato”.


Como doar?

Mulheres que estão amamentando e possuem excedente de leite podem se cadastrar como doadoras de três formas:

- Ligando para o número (31) 3298-6008

- Acessando o Portal MG

-  Baixando o MG App, nas plataformas Android e iOS, selecionando a opção Saúde > Doação de Leite Humano.





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