Economia do estado alcança R$ 275,3 bilhões, impulsionada por serviços, comércio e indústrias de transformação
A economia mineira continua em
trajetória de crescimento, impulsionada pela atração de investimentos e a
diversificação de seus setores produtivos. No primeiro trimestre de 2025,
o Produto Interno Bruto (PIB) nominal do estado atingiu R$ 275,3 bilhões, registrando um crescimento real de 1,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Com esse resultado, a participação do
PIB de Minas Gerais no PIB nacional subiu para 9,1%, superando os
8,8% observados nos três primeiros meses de 2024. Os dados, divulgados nesta
terça-feira (17/6) pela Fundação João Pinheiro (FJP),
indicam que o bom desempenho se deve, especialmente, à expansão nos segmentos
de comércio, transportes e indústrias de transformação.
“É com muita satisfação que vemos
esses indicadores que revelam uma economia mineira cada vez mais dinâmica e
robusta, o que significa mais emprego e renda para a população”, comemora o
governador Romeu Zema.
No período analisado, o setor de serviços respondeu por mais da metade da produção
econômica, somando R$ 150,7 bilhões. Em seguida,
vieram as indústrias, com R$ 62,4 bilhões, e
as atividades agropecuárias, com R$ 27,1 bilhões. No
total, a economia mineira apresentou um aumento nominal de 13,3% em relação ao
primeiro trimestre de 2024.
“Esse crescimento reforça a
importância do trabalho do Governo de Minas no aumento da diversidade e
competitividade da nossa economia”, afirma o secretário executivo de
Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Sede-MG), Bruno
Araújo.
Serviços e
Indústrias Lideram o Crescimento
Na comparação interanual (primeiro
trimestre de 2025 versus primeiro trimestre de 2024), houve expansão no volume
de produção em todos os segmentos mais relevantes dos serviços para a economia
estadual. Os destaques do setor foram o comércio, com alta
de 2,8%, transporte, com 1,7%, e outros serviços, com
2,7%.
“Tivemos um bom desempenho da parte
de serviços, o comércio também teve números desenvolvidos, na parte de
supermercados, hipermercados, e também tecidos”, explica o pesquisador da
Fundação João Pinheiro, Thiago Almeida.
As indústrias de transformação
apresentaram um crescimento de 2% — com destaque
para a fabricação de alimentos —, contribuindo para a expansão de 0,8% do setor
industrial, mesmo com a redução de 3,5% no desempenho das indústrias extrativas
nessa mesma base de comparação.
Por outro lado, o valor agregado do
setor agropecuário registrou uma queda de -5,6% na comparação com o mesmo trimestre de 2024.
Segundo a FJP, esse resultado se deve, sobretudo, à redução nas produções de
banana, tomate, feijão e batata-inglesa, além da queda no segmento de
reciclagem vegetal e silvicultura que fornece insumos para a indústria
metalúrgica.
Nessa perspectiva, o PIB nominal de
Minas Gerais foi estimado em R$ 275,3 bilhões no primeiro trimestre de 2025,
contra R$ 242,9 bilhões no primeiro trimestre de 2024. A variação nominal de
13,3% é resultado da variação real (1,4%) e da variação do deflator implícito
do PIB (11,8%).
Alta dos Serviços e
Indústrias Extrativas Compensa Variação do Agro
Em relação ao trimestre imediatamente
anterior, o PIB de Minas Gerais ficou praticamente estável, com uma pequena variação
de -0,1% em termos reais no primeiro trimestre de 2025.
Com o predomínio da produção de
minério de ferro, as indústrias extrativas tiveram uma
expansão de 6,2% nessa mesma faixa de comparação. Já o setor de serviços cresceu 1,0%, impulsionado
pelo volume de vendas no comércio de combustíveis, hipermercados, veículos
automotores e material de construção. Esses aumentos foram suficientes para
compensar a queda de -8,0% do setor agropecuário em
relação ao trimestre anterior.