Primeira fase do programa inclui novo Plano de Demissão Voluntária (PDV), venda de imóveis e busca por crédito para garantir sustentabilidade da estatal
A direção dos Correios anunciou nesta
quarta-feira (15/10) a primeira fase de seu plano de reestruturação operacional e
financeira, com o objetivo de modernizar a empresa e garantir sua
sustentabilidade. As medidas, apresentadas em coletiva de imprensa, foram
estruturadas após uma análise detalhada do balanço financeiro da estatal.
O plano é composto por três frentes
principais: corte de despesas, busca por diversificação de receitas e
recuperação da liquidez da empresa.
Principais Medidas de Corte de Custos e
Ativos:
Novo Plano de Demissão Voluntária
(PDV): Será lançado um PDV com foco ampliado, visando funcionários de setores
ou territórios com desempenho insatisfatório, para reduzir a pressão na folha
de pagamento.
Venda de Imóveis Ociosos: A empresa iniciará
um programa de desinvestimento de ativos, começando pela venda de imóveis que
não têm uso ótimo, gerando capital e reduzindo gastos com manutenção.
Renegociação de Contratos: Serão renegociados
contratos com grandes fornecedores em busca de condições mais vantajosas.
Busca por Liquidez e Receitas:
Na frente de geração de receitas, os
Correios planejam a reaproximação com grandes clientes e o estudo de atividades
internacionais que possam ser incorporadas à rede logística, como serviços
financeiros.
Para garantir a capacidade de caixa e
dar tempo para que as demais medidas surtam efeito, a estatal buscará no
mercado uma operação de crédito no valor de R$ 20 bilhões. A ideia
é formar um consórcio de bancos para ofertar o capital, cobrindo a necessidade
de caixa prevista para 2025 e 2026.
"Estamos optando por uma
operação que os Correios conseguem suportar, à luz dos resultados que esse
pacote de reestruturação vai começar a produzir, com técnica e
responsabilidade. O caminho é gestão e eficiência", afirmou o presidente
da estatal, Emmanoel Rondon, destacando que o plano visa reequilibrar a empresa
com transparência e governança. O processo de negociação do crédito depende do
aval do Conselho de Administração.