Advogados de empresários presos por fraude tentam habeas corpus "Operação Vip" - ALÔ ALÔ CIDADE

Advogados de empresários presos por fraude tentam habeas corpus "Operação Vip"

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23/10/2013 20h30 - Atualizado em 23/10/2013 21h20

Advogados de empresários presos por fraude tentam habeas corpus

Trio é suspeito de superfaturamento na contratação de shows na região.
Grupo teria movimentado aproximadamente R$ 11,8 milhões em 11 anos.

Ministério Público investiga fraudes desde 2011
 
Os três empresários de Lavras (MG), que foram detidos na “Operação VIP”, continuam presos por suspeita de superfaturamento na contratação de shows por prefeituras do Sul de Minas. Os advogado Négis Rodarti, que representa o casal Neuza Pereira Evaristo Martins, e o marido dela, José Cláudio Martins, e o advogado Thiago Resende, que defende Sebastião Eduardo Pereira, informaram que vão tentar habeas corpus para os clientes. Eles não quiseram falar sobre o caso.
A operação conjunta do Ministério Público, Polícia Militar e Receita Federal cumpriu 11 mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (22) em órgãos públicos, residências e empresas, além dos três mandados de prisão preventiva dos empresários.
Sebastião Eduardo Pereira foi detido na casa dele que fica em um condomínio de alto padrão no Centro de Lavras. Além de ser dono de uma loja de carros, que está fechada desde esta terça-feira, o empresário também possui imóveis na cidade e em outros municípios da região. A irmã dele, Neuza Pereira Evaristo Martins, e o marido dela, José Cláudio Martins, são donos de uma empresa que produz eventos e que tinha contrato com várias prefeituras da região.
A suspeita é de que as licitações eram dirigidas. O esquema funcionaria da seguinte forma: ao participar de concorrências municipais, José Cláudio inscrevia a empresa dele e outras em nome de parentes e amigos para garantir que venceria a licitação. Além disso, alguns eventos seriam realizados nos imóveis que pertenciam ao empresário Sebastião Eduardo, cunhado dele.


Grupo investigado teria movimentado R$ 11,8 milhões em contratos com indícios de superfaturamento
 
Nesta quarta-feira (23), o Ministério Público continuou ouvindo depoimentos de pessoas nas investigações da operação. Desde 2011, o órgão apura fraudes em licitações para contratação de shows artísticos. Além de Lavras, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Ijaci, Conceição do Rio Verde, Coqueiral e Boa Esperança.
Apesar das investigações correrem em segredo de Justiça, uma das poucas informações passadas pelo MP é de que, entre 2001 a 2012 o grupo investigado teria movimentado aproximadamente R$  11,8 milhões em contratos com indícios de superfaturamento. Artistas contratados também já foram ouvidos, mas os nomes não foram revelados. A prefeitura de Ribeirão Vermelho (MG), por exemplo, teria gasto cerca de R$ 2 milhões com shows de artistas e pago cachês acima do que eles costumavam cobrar.
O atual prefeito de Ribeirão Vermelho, Célio Carlos de Carvalho, que também administrou o município entre 2001 e um e 2004, e a ex-prefeita Ana Rosa Mendonça Lasmar, que administrou a cidade nos outros anos mencionados, não foram encontrados para falar sobre o assunto.
O MP informou que não descarta a possibilidade de pedir a prisão preventiva de outros envolvidos nos próximos dias, incluindo funcionários públicos e prefeitos da região que também são investigados.

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