07/11/2013 12h58 - Atualizado em 07/11/2013 13h58

Chuva impede circulação de ônibus na zona rural de Pouso Alegre, MG

Com excesso de lama nas estradas, alunos não conseguem ir às aulas.
Veículos não conseguem trafegar pelas pistas e ficam atolados.

O excesso de chuvas tem impedido que os ônibus circulem na zona rural de Pouso Alegre (MG). Com isso, estudantes ficam sem o transporte escolar da prefeitura e deixam de frequentar as aulas. O problema é que as estradas que ligam os bairros ao Centro da cidade são de terra e o excesso de barro dificulta a circulação dos veículos.
A  auxiliar administrativa Lucimara Aparecida Pereira conta que esperou o ônibus, mas como ele não passou, caminhou por 1 hora até o Centro da cidade para deixar o filho na escola nesta quinta-feira (7). “O ônibus não passa quando chove. Hoje eu tive que trazê-lo a pé para ele não perder mais aula, né?”, disse.
As três filhas do lavrador José Pereira da Silva também ficaram esperando o ônibus nesta manhã, mas ele não passou. “Ficamos esperando das 5h30 às 7h30, mas não passou. Já são três dias que elas estão sem ir à escola, perdendo aulas e é impossível ir a pé com este barro. São 4 km de caminhada apenas para ir”, contou.

Para uma das filhas dele, faltar à escola é ruim. “Fico com a matéria atrasada, a professora já até nos ligou por causa das faltas”, completou Edivânia Rodrigues da Silva.
Como forma de tentar driblar o problema, a vice-diretora da escola municipal do bairro Maçaranduba , Rita Maia disse que o conteúdo será repassado aos estudantes. “A ausência dos alunos em dias de chuva é compreendida, a escola vai repor o conteúdo e fazer até mesmo uma intervenção individualizada neste caso”, pontuou.

Estradas sem condições impedem passagem de ônibus em Pouso Alegre (Foto: Reprodução EPTV)

 

As estradas rurais As pistas que dão acesso aos bairros ficam intransitáveis, mesmo a pé. Muitos veículos ficam atolados. “Está horrível passar de carro por aqui, quando chove é a mesma coisa. Não temos como passar. Tento caminhos alternativos, mas é bem complicado”, comentou o lavrador Josias Marques.
O problema atinge diferentes bairros do município. Segundo o chefe de gabinete, Mário José Faria,  o caso já está sendo analisado. “O problema com as crianças já está resolvido. As escolas já informaram que vão repor o conteúdo, então não vai haver prejuízo escolar por conta das estradas. No mais, vamos falar com a Secretaria de Agricultura, porque não temos condições de colocar as máquinas na estrada agora”, argumentou.

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