Corte do adicional de insalubridade surpreende servidores em Guaranésia
Ao todo, 88 pessoas ficaram sem receber o benefício referente a outubro.
Adicional representa até 40% dos rendimentos para alguns funcionários.
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Guaranésia |
O adicional de insalubridade é um direito concedido a trabalhadores que são expostos a agentes nocivos à saúde. Para alguns funcionários, esse benefício representava até 40% dos rendimentos. A servidora Lúcia Issac está entre os afetados pelo corte. Ela ganha salário mínimo e o adicional de insalubridade faz falta no orçamento.
“Eu receberia mais ou menos R$ 170. Quando eu não vi esse dinheiro na conta, a minha reação foi sair chorando do banco. Eu fiquei doente depois que comecei a limpar postos de saúde e esse benefício não poderia ter sido cortado”, desabafa.
Os servidores afetados procuraram o sindicato da categoria, onde o presidente da entidade, Igor Júnior dos Reis, encaminhou um documento ao prefeito pedindo explicações. O sindicato pede cópia do processo administrativo que motivou a retirada dos adicionais, relação dos servidores que perderam o benefício, cópia do estudo e parecer técnico que permitiu o ato.
“O que nós buscamos é um diálogo com a prefeitura para que seja feita a reversão desta situação até o final deste ano”, afirma Reis.
O chefe de gabinete de Guaranésia, Carlos Fávero, informou que a prefeitura deixou de gastar R$ 15 mil por mês com o corte no pagamento dos adicionais, mas nega que esta economia tenha motivado a revisão do benefício e que o servidor que não concordar pode pedir uma nova avaliação.
“O funcionário que se sentir lesado pode vir até nós que iremos solicitar que a empresa reavalie a situação dele”, disse.
Fávero ainda afirmou que os servidores sabiam que a prefeitura estudava o corte do adicional de insalubridade e por isso não foi necessário qualquer aviso. Segundo ele, 22 servidores que não recebiam o benefício passaram a recebê-lo depois do estudo feito.
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