Pragas afetam produção e fazem preço da lichia disparar no Sul de MG - ALÔ ALÔ CIDADE

Pragas afetam produção e fazem preço da lichia disparar no Sul de MG

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24/12/2013 15h31- Atualizado em 24/12/2013 21:20

Ácaros e fungos atacaram pés e prejudicaram colheita em Carmo de Minas.
Quilo da fruta pode chegar a até R$ 20 em supermecados da região.

Quem não dispensa a lichia durante a ceia de Natal e Ano Novo está encontrando dificuldades para achar a fruta nos supermercados no Sul de Minas. Fungos e ácaros atacaram as plantações e a colheita foi pequena na região. Por causa disso, muitos produtores não deram conta de atender a demanda.
Em um sítio de Varginha (MG), o engenheiro agrônomo Vital Santiago Nogueira tem 350 pés de lichia e já chegou a colher até 50 kg por pé, mas neste ano a produção da planta tem sido apenas para o consumo da família. “Essa redução drástica na colheita tem sido por causa de um ácaro que ataca os pés da fruta e que tem aumentado nos últimos anos”, disse.
Contudo, ele não é o único afetado com o problema. Em Carmo de Minas (MG), o produtor Manoel Henrique Pereira conseguiu colher três toneladas em 2012 e neste ano não chegou a uma. “Um tipo de fungo afetou 90% dos pés da plantação neste ano”, comentou.
Com a praga, os 150 pés que ele tem na propriedade não chegaram a produzir os 8 mil quilos esperados. “Normalmente eu vendo a fruta para o Rio de Janeiro e neste ano não consegui atender a demanda”, disse.
 
Pragas afetam plantações de lichia e produção cai na região (Foto: Tarciso Silva / EPTV)Pragas afetam plantações de lichia e produção cai na região (Foto: Tarciso Silva / EPTV)
 
De acordo com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater), o clima também influenciou na queda da produção da fruta neste ano.
Já em Jacutinga (MG), o gerente de um supermercado precisou encomendar a fruta em São Paulo. “Com pouca oferta, o preço ficou muito alto e por aqui não encontramos, precisei trazer de outra cidade”, pontuou.
 
A crise faz com que os consumidores que vão ao supermercado em busca da fruta encontrem apenas preços elevados. “O pouco que encontramos está muito caro”, disse o supervisor João Batista Ramos.
Com o quilo a quase R$ 20, o vendedor José Uílton Santos deixou a fruta de lado. “Não quis levar porque está muito caro”, disse.
 
A dona de casa Elizabeth Mendes também deixou a fruta de lado. “Eu sempre compro para as minhas netas, mas vou esperar o Natal passar para ver se cai o preço”, comentou.
 
 
 
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