Pesquisadores da Ufla incentivam pecuaristas a criar gado angus em Careaçu - ALÔ ALÔ CIDADE

Pesquisadores da Ufla incentivam pecuaristas a criar gado angus em Careaçu

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04/01/2014 20h09- Atualizado em 05/01/2014 12:44

Comum na Argentina, raça produz carne macia, de melhor qualidade.
Objetivo é cruzar raça com o nelore para obter animais melhores.

Pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (Ufla) têm incentivado pecuaristas do Sul de Minas a criar o gado angus. Comum na Argentina, a raça produz uma carne de melhor qualidade, que é bastante macia. Na comparação com o gado nelore, o angus adulto é mais baixo, só que mais encorpado. Ele é um animal precoce, que atinge o porte para abate mais rápido. Segundo especialistas, ele tem uma genética privilegiada quanto à qualidade da carne.
 
Entre 2012 e 2013, existiam 1.134 animais da raça pura em Minas Gerais. Em Careaçu (MG), a espécie é criada há 10 anos em uma propriedade da cidade, onde a prioridade é o melhoramento genético da carne. Os lucros vêm principalmente da venda de sêmen, que cresce cerca de 30% ao ano. Só um dos melhores touros da fazenda vendeu 80 mil doses de sêmen nos últimos dois anos. Os animais não aproveitados são vendidos para corte.

Entre os argentinos, a carne do gado angus representa até 70% do consumo. A raça teve origem na Europa, onde predomina o frio. No Brasil, a criação se concentra no Sul do país. Por isso, um dos grandes desafios é adaptar o animal ao clima do Sul de Minas. O objetivo dos pesquisadores é cruzar as características do angus com o nelore e obter um gado com as melhores características de cada um.

Raça comum na Argentina tem carne mais macia (Foto: Reprodução EPTV / Edson de Oliveira)
Raça comum na Argentina tem carne mais macia (Foto: Reprodução EPTV / Edson de Oliveira)
"Um bicho de melhor qualidade no prato. É isso que a gente busca. Os exames de ultrassonografia mede o marmoreio da carne, que é a gordura dentro das fibras. Quando a dona de casa leva essa carne para o fogo, essa gordura derrete e é o que dá o sabor e a maciez da carne", diz o gerente agropecuário Heitor Pinheiro Machado.



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