Uma fruta exótica está ganhando espaço nas propriedades do Sul de Minas.
09/05/2015 23:08
Há cinco anos, produtores do município de Monsenhor Paulo, MG começaram a
plantar pitaya e apostam nesta novidade como mais uma opção de renda.
Estudos indicam que a fruta é originária das Américas, com relatos de
produção na região dos Andes e na América Central. Atualmente, Colômbia e
México estão estre os principais países que cultivam a pitaya. Ela
também é plantada da Ásia, em países como Vietnã e Tailândia.
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Monsenhor Paulo produz a chamada pitaya vermelha/Emater-MG |
A
produção de pitaya no Sul de Minas conta com o apoio da Empresa de
Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG). Os
técnicos auxiliam na elaboração de projetos, articulam a comercialização
e promovem a mobilização dos agricultores. "Começamos o trabalho com
apenas um produtor, plantando quatro mudas. Atualmente já são mais de
10, em uma área de quase dois mil metros quadrados, e produtores de
outros municípios estão interessados em conhecer a produção", explica a
extensionista da Emater-MG, Amélia de Cássia Carvalho.
A produção
de Monsenhor Paulo é comercializada na própria região. O período de
safra é entre os meses de novembro e março e o quilo da fruta é vendido,
em média, por R$ 15. Da família dos cactos, a pitaya pode ser consumida
in natura, em saladas ou utilizada em sucos, geleias, doces, iogurtes e tortas.
Também
conhecida como fruta dragão, possui três variedades. A variedade
produzida em Monsenhor Paulo é chamada de pitaya vermelha, tem a casca
rosa e a polpa avermelhada. " uma fruta exótica e exuberante pelo seu
aspecto, de paladar levemente adocicado, semelhante à lichia e ao kiwi",
explica Amélia Carvalho.
A pitaya também é uma alternativa
para quem quer controlar o peso. De acordo com estudo da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), 100 gramas possuem apenas
50 calorias e a fruta possui propriedades termogênicas (ajudam na
queima de gorduras). Outras duas substâncias importantes na dieta também
são encontradas: glucagon, que proporciona sensação de saciedade, e
tiramina, que inibe o apetite.
De acordo com coordenador técnico
regional da Emater-MG, Juscelino Eugênio de Rabelo, a pitaya é mais
comum no Nordeste do Brasil e no interior de São Paulo. "Em Minas Gerais
ainda é pouco conhecida e não existem dados sobre a produção. A
Emate-MG também participa de pequenos plantios experimentais nos
municípios de Sete Lagoas e Curvelo, na região Central do Estado. um
trabalho inicial que pode gerar bons resultados", explica.
Benefícios - Rica em vitaminas, minerais, a pitaya apresenta
diversos benefícios para a saúde. "A fruta consegue proteger as células
do organismo, pois a casca é rica em polifenóis, substâncias
antioxidantes. Ajuda na digestão, devido à presença de sementes na
polpa, e combate doenças cardiovasculares, pois tem ácidos graxos e
ômega 3. Também regula o intestino, porque tem oligossacarídeos
(açúcares)", ressalta Amélia.
Informações: EMATER
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