Prefeito de Guapé (MG) e outros gestores são presos em megaoperação contra corrupção e lavagem de dinheiro - ALÔ ALÔ CIDADE

Prefeito de Guapé (MG) e outros gestores são presos em megaoperação contra corrupção e lavagem de dinheiro

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Operação "Trem da Alegria" do MPMG desmantela esquema criminoso na cidade do Sul de Minas; Prisões visam garantir ordem pública e instrução processual


Prefeito de Guapé (MG) e outros gestores presos em megaoperação contra corrupção e lavagem de dinheiro - Foto: MPMG

O Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) deflagrou, nesta quarta-feira (7/2), a Operação “Trem da Alegria”, uma ação que visa desmantelar uma organização criminosa dedicada à corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e entrega de veículo automotor a pessoa não habilitada na cidade de Guapé, Sul de Minas.

 

Além do prefeito municipal, Nelson Alves Lara (PCdoB), outros mandados de prisão foram expedidos para o procurador-geral do município, diretor-geral do Saae, gestor de obras e dois empresários. A ação, batizada de "Trem da Alegria", é conduzida pela Procuradoria de Justiça Especializada no Combate aos Crimes Praticados por Agentes Políticos Municipais, Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), núcleo Varginha (MG), e Coordenadoria Regional de Defesa do Patrimônio Público, em conjunto com as Polícias Militar, Civil e Penal.

 

No total, estão sendo cumpridos 26 mandados de busca e apreensão nas cidades de Guapé (MG) e Rio de Janeiro (RJ), além de seis mandados de prisão preventiva e seis de afastamento dos cargos públicos. A operação é resultado de uma denúncia que já rendeu acusações contra seis pessoas por oito crimes, incluindo corrupção, lavagem de dinheiro, fraudes em licitações e desvios na execução de contratos administrativos.

 

A investigação revelou que o esquema de corrupção envolvia a obtenção de vantagens indevidas, como terrenos, por meio do cargo de prefeito municipal. Os integrantes da organização utilizavam esquemas de lavagem de dinheiro para ocultar a origem e a propriedade desses bens, muitas vezes registrando-os em nome de terceiros.

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As prisões foram decretadas pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) para garantir a ordem pública e facilitar a instrução processual penal. Os investigados também planejavam obstruir as investigações ao ocultar documentos e até cogitavam atentar contra a vida e a saúde de pessoas envolvidas nas apurações.

 

A megaoperação mobilizou um total de 128 pessoas, incluindo promotores de Justiça, servidores do Ministério Público e agentes das polícias militar, civil e penal. Foram empenhadas 35 viaturas e 1 aeronave. As investigações continuam em andamento.