Ministério Público de Minas Gerais ajuíza ação contra Prefeitura de Baependi por irregularidades em contratações - ALÔ ALÔ CIDADE

Ministério Público de Minas Gerais ajuíza ação contra Prefeitura de Baependi por irregularidades em contratações

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Município é acusado de descumprir decisão judicial e de realizar contratações temporárias sem concurso público

Ministério Público de Minas Gerais ajuíza ação contra Prefeitura de Baependi por irregularidades em contratações - Foto: Elvis Amaral

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) propôs nova Ação Civil Pública contra o município de Baependi (MG) para regularizar a contratação de servidores públicos municipais. A Promotoria de Justiça de Baependi (MG) identificou que a Prefeitura tem realizado contratações temporárias sem concurso público, utilizando processos seletivos simplificados e análise curricular.


Atualmente, a administração conta com 399 servidores efetivos e 383 contratados ou comissionados, representando 48,97% de funcionários não efetivos. O último concurso público realizado foi em 2015, e desde então, cargos essenciais e permanentes, como psicólogo, orientador e assistente social, foram preenchidos de forma irregular.

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Apesar de decisão judicial de 2019 determinando a revisão de contratos temporários em 90 dias, a medida não foi cumprida. Recentemente, a Prefeitura anunciou em suas redes sociais o “chamamento para análise de currículo” para novos servidores, prática considerada inconstitucional pelo MPMG.


Os promotores Gustavo Adolfo Valente Brandão e Cláudio Ferreira de Oliveira Filho criticaram a gestão municipal, afirmando que as contratações servem como "moeda de troca política".


A ação requer liminar para revisão imediata de contratos temporários, redução do percentual de servidores não efetivos para no máximo 25% dos efetivos e proibição de novas contratações sem concurso. Além disso, exige que o município realize concurso público para todos os cargos ocupados de forma irregular, incluindo agentes comunitários de saúde e de endemias.


A Justiça avaliará as medidas propostas para garantir o cumprimento das normas constitucionais e maior transparência na gestão pública.




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