Ação Judicial Eleitoral apura suposta prática ilícita nas eleições municipais; contas bancárias de investigados serão analisadas
A Justiça Eleitoral da 59ª Zona de Cambuí, no Sul de Minas,
continua a apurar uma possível compra de votos ocorrida durante as eleições
municipais em Senador Amaral. No dia 3 de abril, a Ação de Investigação
Judicial Eleitoral (AIJE) teve andamento com a oitiva de informantes e a
autorização para análise de movimentações financeiras suspeitas.
A ação (processo nº 0600926-40.2024.6.13.0059) foi movida pelo
Partido Liberal (PL) e tem como investigados Daniel Franco da Silveira,
Cleberson Aparecido da Silva, Éder Assis Vieira e Deise Daniela Brandão
Silveira.
Na audiência conduzida pela juíza Caroline Dias Lopes Bela,
foram ouvidos Ederson Rezende de Freitas e Ricardo Aparecido Correia, que
prestaram informações relevantes para o caso. As demais testemunhas arroladas
foram dispensadas por acordo entre as partes envolvidas. O Ministério Público
Eleitoral, representado pelo promotor Alexandre Rezende Grillo, também
participou da sessão.
Um dos pontos cruciais da audiência foi a decisão da juíza em
autorizar o aprofundamento das investigações sobre movimentações financeiras
consideradas suspeitas, que podem ter ligação com a suposta compra de votos.
Foi deferido o pedido para análise detalhada das contas bancárias de dois dos
investigados: Cleberson Aparecido da Silva e Deise Daniela Brandão Silveira.
As investigações prosseguirão com a análise minuciosa dos dados
financeiros. Após esta etapa, as partes envolvidas terão um prazo de cinco dias
para apresentar suas manifestações sobre as informações obtidas.
Embora as provas específicas do processo corram sob sigilo, a
tramitação da AIJE é pública e pode ser acompanhada por meio do sistema
eletrônico do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). A
expectativa é que a análise das contas bancárias traga novos elementos para o
esclarecimento do caso.