Cemig registra quase 1.900 alertas de incêndio perto da rede elétrica em 2025 - ALÔ ALÔ CIDADE

Cemig registra quase 1.900 alertas de incêndio perto da rede elétrica em 2025

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Sistema de monitoramento com satélites permite ação rápida e evita interrupções no fornecimento de energia em Minas Gerais


Cemig registra quase 1.900 alertas de incêndio perto da rede elétrica em 2025 - Foto: CEMIG

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) emitiu 1.896 alertas de incêndio próximos à sua rede elétrica somente nos primeiros seis meses de 2025. Os dados são do Sistema de Monitoramento e Alerta de Queimadas (SMAQ) da companhia, que utiliza tecnologia avançada para identificar focos de calor a até 1,5 km das linhas de distribuição e transmissão. Essa agilidade no monitoramento permite que as equipes de campo sejam acionadas, muitas vezes, antes mesmo que o fogo atinja as estruturas da rede.


Em comparação, o primeiro semestre de 2024, que marcou o pior ano de ocorrências de queimadas na história da Cemig, registrou 4.073 alertas. Ao longo de todo o ano passado, o sistema totalizou 15.293 ocorrências.


Cemig registra quase 1.900 alertas de incêndio perto da rede elétrica em 2025 - Foto: CEMIG

Com base nos alertas emitidos pelo SMAQ, o Centro de Operação da Distribuição (COD) da Cemig mobiliza suas equipes para inspecionar as áreas de risco. O objetivo é atuar rapidamente caso haja uma queimada ameaçando a rede elétrica, especialmente as linhas de alta tensão, que são cruciais para o fornecimento de energia a milhares de clientes em Minas Gerais.

 

Tecnologia e Eficiência na Prevenção


Segundo Taumar Morais, engenheiro de ativos da Cemig, o sistema tem sido fundamental para evitar desligamentos e garantir o fornecimento de energia para os mais de 9 milhões de consumidores da companhia em todo o estado. "Quando a equipe chega ao local indicado pelo satélite e encontra uma queimada em andamento que pode causar danos às torres de alta tensão, as equipes informam ao COD para que sejam iniciados os procedimentos de transferência de carga. Assim, evitamos a interrupção de energia e as equipes podem atuar com segurança", explica Morais.


O meteorologista da Cemig, Arthur Chaves, detalha o funcionamento do SMAQ: "O sistema utiliza sensores térmicos embarcados em satélites orbitais para mapear focos de calor em tempo real. As informações são então processadas e filtradas, através de algoritmos próprios, com as coordenadas georreferenciadas da infraestrutura elétrica da empresa, permitindo uma resposta precisa e ágil."


A integração entre o setor de Meteorologia da Cemig e os Centros de Operação (COD e COS) é essencial para a eficácia da estratégia. A empresa conta com uma equipe de meteorologistas que monitora continuamente as condições climáticas nos 774 municípios de sua área de concessão. Com base nesse monitoramento, boletins e alertas são emitidos, possibilitando a mobilização de equipes com até quatro horas de antecedência para as regiões mais vulneráveis.


Além de proteger a infraestrutura elétrica, a iniciativa busca mitigar os impactos sociais das queimadas. Interrupções no fornecimento de energia podem afetar serviços essenciais como hospitais, sistemas de abastecimento de água, bancos, centros comerciais e indústrias.


"Com estes alertas, o COD aciona as equipes de campo para realizar inspeções diretamente no ponto de risco para o sistema elétrico, evitando inspeções em toda a extensão das linhas de distribuição de alta tensão, que possuem muitas vezes dezenas de quilômetros de extensão. Esta assertividade permite reduzir consideravelmente os impactos que um desligamento causado por queimadas pode provocar para o sistema elétrico e, principalmente, para os clientes da companhia", finaliza Taumar Morais.



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