Mensagens atribuídas a suspeita falavam em matar a menina de 7 anos e “jogá-la da janela”. Mãe gravou os áudios e conseguiu medida protetiva para a filha
![]() |
Áudio: Mãe de criança relata desespero após receber áudios com ameaças da madrasta, em Pouso Alegre, MG - Foto: PCMG |
Uma mãe em Pouso
Alegre (MG), está vivendo momentos de desespero após a madrasta de
sua filha, de 7 anos, ter enviado áudios com ofensas e ameaças de morte.
Luciana Dias, mãe da criança, relatou que as mensagens foram enviadas pelo
WhatsApp, com visualização única.
Nos áudios, que foram gravados pela
mãe e atribuídos a suspeita, profere ameaças graves. Em uma das mensagens, ela
diz ter "vontade de jogar ela da janela", e em outra, chega a
afirmar: "Cuidado, tá? Senão sai na Tribuna [jornal local], a garotinha
caiu da janela (risos). Ai, ai, a garotinha caiu da janela. E eu ainda vou
chorar lá no velório dela."
Luciana relatou que o caso ocorreu em
março, mas só agora divulgou os áudios. Ela conta que, ao ouvir as ameaças,
sentiu o "chão cair" e ficou desesperada, temendo pela segurança da
filha. A mãe procurou a polícia e conseguiu uma medida protetiva que
proíbe o pai da menina de levá-la para perto da madrasta.
Defesa e repercussão
A defesa da suspeita informou que o
caso está em segredo de justiça e não irá se manifestar. Segundo a Polícia
Civil, as pessoas envolvidas estão sendo ouvidas e o material de áudio está em
análise.
O caso repercutiu nas redes sociais,
com a vereadora de São Paulo Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella Nardoni,
postando um vídeo revoltada com o ocorrido. "Você mandar um áudio desses
para uma mãe é uma crueldade e ter autoridades que não acreditam nesse áudio e
que vão permitir que essa criança continue tendo acesso com essa pessoa é pedir
para que ela vire estatística", afirmou a vereadora.
Em nota à Imprensa, a Polícia Civil
de Minas Gerais (PCMG) informa que apura um caso envolvendo a divulgação, nas
redes sociais, de um áudio com supostas ameaças direcionadas a uma criança de 7
anos. O material teria sido gravado e enviado à mãe da vítima, em março deste
ano, pela madrasta da criança, de 28 anos.
O procedimento está em andamento na
unidade policial responsável, com a realização de oitivas, análise técnica do
material de áudio e de outros elementos de prova.
A PCMG aguarda o envio dos autos do
inquérito, atualmente sob responsabilidade do Poder Judiciário, para que seja
possível concluir o procedimento investigativo e determinar a responsabilidade
penal cabível.
A Polícia Civil ressalta que, na
maior brevidade possível, o inquérito será finalizado e remetido ao Judiciário
para as providências legais.
As investigações seguem em andamento.
Mais informações serão divulgadas somente após a conclusão do procedimento.