Tênis usado por universitária pode ajudar a encontrar suspeitos do crime - ALÔ ALÔ CIDADE

Tênis usado por universitária pode ajudar a encontrar suspeitos do crime

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27/11/2013 13h25 - Atualizado em 27/11/2013 13h25

Tênis usado por universitária pode ajudar a encontrar suspeitos do crime

Deborah Oliveira de 18 anos foi encontrada sem vida no dia 14 de agosto.
Advogada contratada pela família acredita que calçado trará pistas.

Após 20 dias de investigação, a advogada Roselle Adriane Soglio especialista em perícias criminais contratada pela família da universitária Deborah Oliveira, morta em agosto deste ano em Itajubá (MG) encontrou novas pistas que podem levar ao assassino da jovem. Ela acredita que o tênis utilizado pela jovem na noite em que foi morta pode revelar fatos que apontem a solução do caso.

Ela passou o início desta semana em Itajubá, reunida com os delegados responsáveis pelo caso e pediu uma análise do material contido no tênis usado pela garota no momento do crime. “Esse exame deve revelar as impressões digitais do suspeito ou possíveis suspeitos e também a maneira como agiram. O exame pode indicar elementos como sangue ou outras coisas que tenham contaminado o objeto usado pela Deborah na ocasião. Mesmo depois de três meses pode ter vestígios do autor ou autores nos calçados”, disse Roselle.

A universitária foi assassinada no dia 14 de agosto quando voltava da faculdade. Câmeras de segurança flagraram quando ela passava sozinha por uma rua do Centro da cidade. O corpo da jovem foi encontrado em uma construção com sinais de estrangulamento e abuso sexual. Na época, um andarilho foi preso, suspeito de ter participado do homicídio, mas foi liberado 43 dias depois.

A advogada Roselle, que já atuou nos casos da menina Isabela Nardoni e do executivo da Yoki, Marcus Matsunaga, acredita que Deborah conhecia o assassino e que mais de uma pessoa possam ter cometido o crime.
 
Família de jovem morta em Itajubá contrata advogada para investigações (Foto: Reprodução EPTV)
 
 
O delegado responsável pelo caso, Alírio Cléber Machado disse que as investigações seguem em sigilo, mas explicou que existem duas linhas. A primeira é de que a universitária tenha sido vítima de crime sexual e a segunda é de que ela tenha sido vítima de latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Ainda de acordo com ele, a polícia aguarda os resultados de exames de comparação de DNA, só que não há prazo para o laudo seja concluído.

Para a advogada, a expectativa é de que o laudo fique pronto na próxima semana. “Estamos próximos do suspeito ou suspeitos e também de esclarecer o caso”, concluiu.
 
A contratação da advogada
A advogada foi contratada pela família da jovem no início desse mês de novembro. As investigações correm em segredo de Justiça. Ao ajudar no caso, Roselle afirmou que Deborah conhecia o assassino e que mais de uma pessoa pode ter cometido o crime.

“Ela conhecia o agressor a ponto dele levá-la para uma emboscada. O delegado diz que o portão da construção foi arrombado, mas nós ainda não encontramos sinais de luta no local”, afirmou.

Segundo a advogada, alguns pontos ainda precisam ser esclarecidos, como o fato de uma peça íntima da estudante só ter sido encontrada no bolso da roupa dela 40 dias após o homicídio. “Se realmente houve perícia, a calcinha deveria ter sido encontrada no dia e na hora dos exames”, alegou.
 
O caso O corpo da universitária foi encontrado com marcas de estrangulamento por volta das 17h30 do dia 15 de agosto no 2º piso de uma casa em construção na Rua Alameda Esperança, no Bairro Morro Chic. Conforme a polícia, o local fica no caminho que a estudante costumava fazer para voltar para casa. Deborah Oliveira estava desaparecida desde a noite do dia 14, quando saiu da Unifei, onde estudava, e não foi mais vista. Ainda segundo a polícia, há suspeita de que ela tenha sido estuprada.
Deborah era aluna do 2º período de sistemas de informação, na Unifei. Segundo depoimentos de amigos à polícia, a estudante deixou a universidade por volta das 21h20, antes do fim da aula. Ela teria dito que iria embora porque estava cansada e resfriada, e deixou o local a pé. Conforme a família, diferente do que estava sendo divulgado antes, Deborah teria saído de seu caminho habitual naquele dia. A região é conhecida como Alameda e à noite é praticamente deserta. Segundo moradores, o local é constantemente frequentado por andarilhos e usuários de drogas.
A família já havia feito o boletim de ocorrência informando o desaparecimento da jovem na noite do dia 14, quando ela não chegou em casa. Os familiares ainda tentaram contato com amigos e conhecidos e espalharam cartazes pela cidade com a foto da universitária no dia seguinte.
 
Universitária foi encontrada estrangulada em construção em Itajubá (Foto: Reprodução EPTV)
 
 
No momento em que o corpo foi encontrado, um auxiliar de serviços gerais, que antes a polícia acreditava que fosse um andarilho, saía do local. Com ele, os policiais encontraram uma sacola com peças íntimas femininas e uma delas seria de Deborah.
No entanto, diferente do que a polícia acreditava no início, as peças de roupas íntimas encontradas com o suspeito, no momento da prisão dele, não eram da estudante. No final de setembro, cerca de 40 dias após o crime, uma calcinha foi encontrada pela polícia no bolso do casaco que a vítima usava no dia em que foi morta. O principal suspeito do crime, um auxiliar de serviços gerais que ficou preso por 43 dias, foi solto por falta de provas e um novo material foi colhido para o exame de DNA. O homem vai aguardar o andamento das investigações em liberdade.
 
 
Veja mais em: G1

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