Com risco de desabar, prédio abriga secretarias em Poços de Caldas MG

25/12/2013 12h23- Atualizado em 25/12/2013 20:56

Pastas da administração ocupam o Complexo Santa Cruz há 20 anos.
Laudo de empresa contratada atestou problemas na estrutura.

Mesmo com o laudo que alerta para riscos de desabamento do Complexo Santa Cruz em Poços de Caldas (MG), a maioria das secretarias municipais que funcionam no prédio ainda não foram transferidas. O prazo para a desocupação do imóvel venceu no último mês de setembro, mas três pastas da administração ainda funcionam no local. Cerca de 70 funcionários também continuam trabalhando no edifício.

Uma empresa contratada pela Prefeitura de Poços de Caldas atestou, em 2012, que o prédio usado pelo município há mais de 20 anos tem problemas estruturais, como trincas do lado de fora e do lado de dentro e que há risco de desabamento. Pintura e reboco também estão deteriorados e por causa da infiltração de água, parte da estrutura ficou deteriorada. Em outros pontos, ferro e concreto são visíveis e podem provocar acidentes.

Com todos estes problemas, a atual administração optou pela demolição do prédio, já que uma reforma seria muito cara e por isso está desocupando o imóvel. Em 2013, duas secretarias deixaram o local. A pasta da Educação passou a funcionar na Rua Prefeito Chagas, no Centro da cidade, e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet) foi sediada em um imóvel no bairro Jardim dos Estados.

Com estrutura condenada, Complexo Santa Cruz abriga secretarias em Poços de Caldas (Foto: Michel Diogo/EPTV)

 

“A mudança vem atender o critério de um melhor espaço para recebermos as pessoas que procuram nossa secretaria, sem falar que é importante darmos aos servidores uma melhor qualidade de local de trabalho dentro das nossas exigências do dia a dia”, comentou o secretário da Sedet, Rodrigo Reis.

Por outro lado, outras pastas ainda não encontraram imóveis adequados para fazer a mudança. “Nós temos procurado vários imóveis, mas a maioria tem preços muito elevados e ainda não conseguimos encontrar nada, mas já temos um plano B. Caso não consigamos localizar nenhum, poderemos ocupar o prédio do Departamento Municipal de Eletricidade (DME), que é uma autarquia”, explicou a secretária de Planejamento, Gina Rende.

Já os servidores querem mesmo deixar o local. “A estrutura dele está muito comprometida, é necessário que saiamos daqui. Espero que a prefeitura consiga readequar o espaço, que é muito bacana para a cidade”, considerou a arquiteta Maria Carolina Mesquita de Paula.


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