Relatório mostra obras que foram pagas, mas não foram executadas.
Contratações irregulares na Saúde também foram encontradas.
Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) realizada pela Câmara de Vereadores de Caldas (MG) apontou supostas irregularidades e desvio de cerca de R$ 200 mil em obras e contratações na administração passada. A investigação durou 90 dias e encontrou problemas também nos distritos de Santana de Caldas e São Pedro de Caldas. O relatório apontou a contratação e o pagamento irregular de serviços médicos em Andradas (MG).
O resultado apresentado pela CPI mostrou que não houve a demolição do contra piso e nem foi feito um passeio de concreto em uma obra como estava previsto em Santana de Caldas. Os vereadores também não encontraram 13 rampas de acessibilidade que deveriam ter sido construídas em São Pedro de Caldas, além de rampas que estavam fora do padrão. Em uma das praças, os aparelhos de ginástica para a academia ao ar livre também não foram os mesmos comprados.
O resultado apresentado pela CPI mostrou que não houve a demolição do contra piso e nem foi feito um passeio de concreto em uma obra como estava previsto em Santana de Caldas. Os vereadores também não encontraram 13 rampas de acessibilidade que deveriam ter sido construídas em São Pedro de Caldas, além de rampas que estavam fora do padrão. Em uma das praças, os aparelhos de ginástica para a academia ao ar livre também não foram os mesmos comprados.
As obras foram realizadas entre 2011 e 2012 e custaram cerca de R$ 500 mil. “O dinheiro foi mal empregado. Muita coisa não foi feita e quase R$ 200 mil foram jogados fora, já que a população não foi beneficiada”, disse o vereador Vanderlei Tomé, que preside a CPI.
A ausência de uma rampa externa ao lado do Ginásio Poliesportivo de Caldas foi apontada pelo relatório. A obra facilitaria o acesso ao andar de cima do local e segundo um dos vereadores, foi paga, mas não saiu do papel. “Seria uma rampa de R$ 24 mil que não existe. Ela foi paga e não foi feita”, comentou o vereador João de Carvalho, que foi o secretário da CPI.
A investigação também encontrou falhas em obras no Centro da cidade. Em uma delas, deveriam ser instaladas luminárias, mas só existem as bases de concreto, o que deixa os moradores indignados. “Você paga os impostos, sai tudo do seu bolso e aí não tem mais nada aqui! Vai para onde o nosso dinheiro”, questionou o produtor rural José Carlos Matias.
Procurado, o ex-prefeito Hugo Camacho se defendeu. Ele admitiu que quando deixou a administração, nem todas as obras estavam totalmente prontas, mas nega qualquer irregularidade. “Nunca vão conseguir provar irregularidades. Não houve o desvio de R$ 1”, comentou.
Em relação à rampa de acesso que não foi construída na lateral do ginásio, o ex-prefeito disse que parte da verba do convênio foi devolvida ao Governo do Estado. “A obra foi licitada, mas quando eu vi que não daria, foi cancelada e se não foi feita, não foi paga”, disse.
Procurado, o ex-prefeito Hugo Camacho se defendeu. Ele admitiu que quando deixou a administração, nem todas as obras estavam totalmente prontas, mas nega qualquer irregularidade. “Nunca vão conseguir provar irregularidades. Não houve o desvio de R$ 1”, comentou.
Dinheiro supostamente desviado deveria ter sido usado em obras (Foto: Michel Diogo/ EPTV)
Em relação à rampa de acesso que não foi construída na lateral do ginásio, o ex-prefeito disse que parte da verba do convênio foi devolvida ao Governo do Estado. “A obra foi licitada, mas quando eu vi que não daria, foi cancelada e se não foi feita, não foi paga”, disse.
Irregularidades encontradas na Saúde
O relatório também aponta problemas na Saúde. Segundo a relatora da comissão, Ady Fonseca de Carvalho, houve investigações relacionadas à prestação de serviços médicos, já que uma clínica de Andradas teria vendido dois pregões para realizar consultas agendadas, a fim de complementar o atendimento no posto de saúde municipal. “Encontramos irregularidades também nessa contratação, porque para que um convênio seja feito, deve ser com uma instituição, e não é o caso. Outra irregularidade é que dois médicos prestaram o mesmo tipo de serviço à população, com o mesmo número de horas e um deles recebeu R$ 53 mil e o outro R$ 11 mil”, destacou a vereadora.
Sobre a contratação de uma clínica de Andradas para prestar serviços médicos, o ex-prefeito Hugo Camacho reconheceu o problema, mas defendeu a legalidade no processo. “Cada governo é de um jeito. Se fizemos o pregão, foi dentro da lei”, pontuou.
O relatório aponta ainda que a clínica contratada estaria registrada em nome de um sobrinho do ex-prefeito. “O dono da empresa é meu sobrinho, mas eu não vejo nada de errado nisso. Não tem nenhum problema se está servindo a população da cidade”, considerou.
O dono da clínica, Sérgio Olímpio Augusto de Carvalho foi procurado para esclarecer a contratação, mas não foi encontrado na Santa Casa de Andradas e nem no Hospital Santa Lúcia de Poços de Caldas (MG), que são os locais onde trabalha. A partir de agora, toda a documentação será encaminhada à instituições como a Procuradoria de Crimes de Prefeitos, a Polícia Civil, a Polícia Federal e o Tribunal de Contas do Estado para que novas medidas sejam tomadas.
Leia mais em: G1
O relatório também aponta problemas na Saúde. Segundo a relatora da comissão, Ady Fonseca de Carvalho, houve investigações relacionadas à prestação de serviços médicos, já que uma clínica de Andradas teria vendido dois pregões para realizar consultas agendadas, a fim de complementar o atendimento no posto de saúde municipal. “Encontramos irregularidades também nessa contratação, porque para que um convênio seja feito, deve ser com uma instituição, e não é o caso. Outra irregularidade é que dois médicos prestaram o mesmo tipo de serviço à população, com o mesmo número de horas e um deles recebeu R$ 53 mil e o outro R$ 11 mil”, destacou a vereadora.
Sobre a contratação de uma clínica de Andradas para prestar serviços médicos, o ex-prefeito Hugo Camacho reconheceu o problema, mas defendeu a legalidade no processo. “Cada governo é de um jeito. Se fizemos o pregão, foi dentro da lei”, pontuou.
O relatório aponta ainda que a clínica contratada estaria registrada em nome de um sobrinho do ex-prefeito. “O dono da empresa é meu sobrinho, mas eu não vejo nada de errado nisso. Não tem nenhum problema se está servindo a população da cidade”, considerou.
O dono da clínica, Sérgio Olímpio Augusto de Carvalho foi procurado para esclarecer a contratação, mas não foi encontrado na Santa Casa de Andradas e nem no Hospital Santa Lúcia de Poços de Caldas (MG), que são os locais onde trabalha. A partir de agora, toda a documentação será encaminhada à instituições como a Procuradoria de Crimes de Prefeitos, a Polícia Civil, a Polícia Federal e o Tribunal de Contas do Estado para que novas medidas sejam tomadas.
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