Funcionários tiram férias e confecção fecha as portas sem avisar em MG - ALÔ ALÔ CIDADE

Funcionários tiram férias e confecção fecha as portas sem avisar em MG

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15/01/2014 23:44

Empresa deu férias coletivas em Itaú de Minas e retirou equipamentos.
Quando empregados voltaram das férias, viram que galpão estava vazio.

Uma confecção em Itaú de Minas (MG) fechou as portas sem avisar os funcionários. A empresa deu férias coletivas aos empregados e quando todos retornaram ao trabalho, encontraram apenas o galpão vazio. Todo o maquinário foi retirado da fábrica. Os funcionários alegam ainda que estão com os salários atrasados e que a empresa não depositava o INSS e o fundo de garantia.

A confecção fica em um complexo onde funcionava uma antiga fábrica de cimento, junto com outras empresas. Segundo funcionários de empresas vizinhas, algumas pessoas foram vistas retirando os equipamentos da fábrica de jeans na semana passada. Depois disso, as costureiras que estavam de férias foram avisadas. No local onde funcionava a fábrica, só ficaram o relógio de ponto e alguns objetos pessoais dos funcionários.

A J & Confecções Ltda existe há mais de 20 anos em Itaú de Minas e prestava serviço para uma marca paulista. Cerca de 30 pessoas trabalhavam nela. Segundo os funcionários, a empresa já vinha passando por problemas financeiros.

"Logo que a gente começou [o trabalho] a gente sentiu que alguma coisa não ia bem, sempre tinha uma desculpa, que estava atrasado pelo motivo tal, quando tinha cortes e etc", conta a auxiliar de costura, Edna Lélis Moreira Castro.
Fábrica foi encontrada abandonada por funcionários após férias coletivas (Foto: Luciano Tolentino / EPTV)
Fábrica foi encontrada abandonada por funcionários após férias coletivas (Foto: Luciano Tolentino / EPTV)
O dono da empresa foi procurado, mas não foi encontrado. As costureiras já contrataram um advogado para cuidar do caso.

"A gente vai intentar as reclamações trabalhísticas, uma a uma, em caráter urgente, e a gente vai tentar receber. E lógico, nós temos algumas outras medidas que já estão sendo estudadas e preparadas para garantir esse recebimento", explica o advogado Daniel Aparecido Amorim.

O crime para quem não recolhe a contribuição do INSS ou recolhe e não deposita na conta da Previdência, como denunciado pelos funcionários da empresa, é enquadrado no artigo 168 do Código Penal como apropriação indébita e a pena varia entre um e quatro anos de prisão e multa.


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