15/01/2014 01:22
Época de chuvas de verão, preocupação seria de enchentes no Sul de Minas.
Com período prolongado de seca, há risco de faltar água em cidades.
Nesta época de chuvas de verão, a preocupação com as enchentes é uma constante no Sul de Minas. Um dos locais de risco na região é a Bacia do Rio Sapucaí, próximo a Itajubá (MG), mas neste ano a preocupação é outra. Com pouca chuva, a seca fez o nível do rio baixar de uma forma que preocupa moradores e autoridades. Existe até a possibilidade de faltar água em algumas cidades da região se não chover o esperado para esta época do ano.
O nível normal do Rio Sapucaí é de 842,5 metros, mas atualmente está em 839 metros. De outubro a março deste ano são esperados cerca de 1,5 mil milímetros de chuva, mas até agora choveu apenas 350 milímetros, em média. Segundo a Somar Meteorologia, só neste mês de janeiro choveu cerca de 47 milímetros até esta terça-feira (14), quando o esperado era mais de 230 mm.
Ao todo, 48 municípios em Minas Gerais e três no Estado de São Paulo são banhados pelo Rio Sapucaí. Segundo o presidente do Comitê da Bacia do Rio Sapucaí, Celem Mouhallem, a falta de água em municípios que dependem dos afluentes do Rio Sapucaí é uma possibilidade. "Em municípios como Itajubá, que são banhados por grandes rios, a possibilidade é pequena, mas nos municípios banhados pelos afluentes e os que fazem captação de água subterrânea, a falta de chuva pode ocasionar algum problema de desabastecimento", afirma.
Mouhallem disse ainda que a devastação no meio ambiente prejudicam a recarga das nascentes dos rios, o que faz com que a falta de chuvas influencie mais nas bacias hidrográficas. "Quando chove normalmente, a chuva compensa essa degradação. Como agora está chovendo abaixo da média, a gente vê com preocupação essa degradação", completa.
Segundo Mouhallem, nas três bacias hidrográficas que influenciam na região, a do Rio Sapucaí, Rio Verde e Rio Grande, está chovendo abaixo da média, o que pode afetar também o abastecimento do Lago de Furnas. "O reservatório [de Furnas] já está para o mês de janeiro em torno de 15% abaixo do que deveria estar, então eu vejo como problema essa situação para a futura geração de energia elétrica", afirma.
"Eu estou sentindo que ao longo dos anos a coisa está piorando", afirma Mouhallem sobre a falta de chuvas. "Existem estudos científicos que comprovam que as bacias hidrográficas estão perdendo água, e é uma questão mundial, não somente do Brasil", finaliza o presidente.
Leia mais em: G1
O nível normal do Rio Sapucaí é de 842,5 metros, mas atualmente está em 839 metros. De outubro a março deste ano são esperados cerca de 1,5 mil milímetros de chuva, mas até agora choveu apenas 350 milímetros, em média. Segundo a Somar Meteorologia, só neste mês de janeiro choveu cerca de 47 milímetros até esta terça-feira (14), quando o esperado era mais de 230 mm.
Ao todo, 48 municípios em Minas Gerais e três no Estado de São Paulo são banhados pelo Rio Sapucaí. Segundo o presidente do Comitê da Bacia do Rio Sapucaí, Celem Mouhallem, a falta de água em municípios que dependem dos afluentes do Rio Sapucaí é uma possibilidade. "Em municípios como Itajubá, que são banhados por grandes rios, a possibilidade é pequena, mas nos municípios banhados pelos afluentes e os que fazem captação de água subterrânea, a falta de chuva pode ocasionar algum problema de desabastecimento", afirma.
Nível do Rio Sapucaí está 3,5 metros abaixo do normal por falta de chuvas (Foto: Luciano Tolentino / EPTV) |
Segundo Mouhallem, nas três bacias hidrográficas que influenciam na região, a do Rio Sapucaí, Rio Verde e Rio Grande, está chovendo abaixo da média, o que pode afetar também o abastecimento do Lago de Furnas. "O reservatório [de Furnas] já está para o mês de janeiro em torno de 15% abaixo do que deveria estar, então eu vejo como problema essa situação para a futura geração de energia elétrica", afirma.
"Eu estou sentindo que ao longo dos anos a coisa está piorando", afirma Mouhallem sobre a falta de chuvas. "Existem estudos científicos que comprovam que as bacias hidrográficas estão perdendo água, e é uma questão mundial, não somente do Brasil", finaliza o presidente.
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