Gledson Paixão falou sobre o caso em reunião na Câmara de Bom Sucesso.
Ele negou posse de cocaína e disse estar no lugar e com a pessoa errada.
27/02/2014 12:4
O vereador de Bom Sucesso MG Gledson Paixão (PSDB),
preso na semana passada suspeito de comprar cocaína em uma favela de
Belo Horizonte MG, falou pela primeira vez sobre o caso durante sessão
da Câmara Municipal nesta terça-feira (25). Gledson negou ser usuário
de drogas ou ter comprado cocaína. Ao tentar continuar se explicando
sobre a prisão, ele acabou sendo impedido pelo presidente do
Legislativo.
Esta foi a primeira sessão da câmara depois da prisão de Gledson Junio Paixão Gonçalves. A mãe e a irmã do vereador ficaram sentadas na primeira fila durante a reunião. Em um rápido pronunciamento, o vereador negou ser usuário de drogas e disse que a prisão dele foi um mal-entendido e que estava no lugar errado, na hora errada e com a pessoa errada.
"Não sou usuário de drogas, não foi encontrado nada comigo. Encontraram esses dois pinos, do que foi dito, com o companheiro que estava comigo e um [pino] que foi encontrado no chão", explicou o vereador durante a sessão. Gledson falou ainda que só assumiu para a polícia que era dono de um pino de cocaína porque sofreu pressão psicológica. "Sob uma forte pressão psicológica, muito grande, eu acabei assumindo que o terceiro me pertencia. No momento eu me dispus à polícia para que fosse feito um exame toxicológico, mas eles pouca importância deram."
Quando o presidente da câmara abriu espaço para a participação dos
moradores que foram à sessão, um homem quis comentar as declarações de
Gledson, mas foi interrompido. O presidente explicou que o assunto não
fazia parte da pauta de discussões da reunião. "É o seguinte, o assunto,
ele não está em pauta. Ele só responde caso ele queira", falou Júlio
César Martins Magalhães (PT).
Na defesa do morador, o vereador Reginaldo Santiago dos Reis (PV) disse que a população esperava por respostas da câmara sobre a conduta de Gledson. "Eu sempre sou cobrado, sempre sou questionado: o que está acontecendo? Vai ser cassado o mandato? A prefeitura vai exonerar ele do cargo? Então, a gente hoje vai terminar a reunião, vai chegar amanhã, quarta-feira, a gente vai ser questionado: o que aconteceu lá na câmara?", disse.
Em seguida, ele também foi interrompido pelo presidente, que disse para ele conversar com Gledson no final da reunião. Já o vereador Francieder Antônio Viana (PT) fez um pronunciamento em defesa de Gledson. "Quando você apontar o dedo para alguém, tem mais três dedos apontando 'pro cê'. E você, Gledson, levanta a cabeça, sua família 'tá aí, agora você vai ver quem são os seus amigos de verdade", disse.
No dia 19 de fevereiro, Gledson Paixão foi preso pela polícia, que suspeitou que ele estaria comprando droga na comunidade Morro das Pedras, em Belo Horizonte. O vereador estava com o motorista Milton Henrique de Magalhães, funcionário da Prefeitura de Itaúna (MG). Com eles foram encontrados três pinos de cocaína. Além de vereador, Gledson também é motorista da Secretaria de Saúde e foi à capital levar pacientes que estavam em tratamento médico.
O outro detido também estava em Belo Horizonte a trabalho, segundo a Prefeitura de Itaúna. O advogado dos suspeitos disse que os clientes afirmam que a substância não pertencia a eles. A secretaria de administração da Prefeitura de Bom Sucesso informou ainda que Gledson Paixão recebeu férias da secretaria de saúde, onde é concursado na função de motorista. Uma comissão de sindicância foi formada e deve começar esta semana a apurar a conduta de Gledson.
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Esta foi a primeira sessão da câmara depois da prisão de Gledson Junio Paixão Gonçalves. A mãe e a irmã do vereador ficaram sentadas na primeira fila durante a reunião. Em um rápido pronunciamento, o vereador negou ser usuário de drogas e disse que a prisão dele foi um mal-entendido e que estava no lugar errado, na hora errada e com a pessoa errada.
"Não sou usuário de drogas, não foi encontrado nada comigo. Encontraram esses dois pinos, do que foi dito, com o companheiro que estava comigo e um [pino] que foi encontrado no chão", explicou o vereador durante a sessão. Gledson falou ainda que só assumiu para a polícia que era dono de um pino de cocaína porque sofreu pressão psicológica. "Sob uma forte pressão psicológica, muito grande, eu acabei assumindo que o terceiro me pertencia. No momento eu me dispus à polícia para que fosse feito um exame toxicológico, mas eles pouca importância deram."
Vereador de Bom Sucesso e motorista foram detidos em favela de BH (Foto: Reprodução EPTV) |
Na defesa do morador, o vereador Reginaldo Santiago dos Reis (PV) disse que a população esperava por respostas da câmara sobre a conduta de Gledson. "Eu sempre sou cobrado, sempre sou questionado: o que está acontecendo? Vai ser cassado o mandato? A prefeitura vai exonerar ele do cargo? Então, a gente hoje vai terminar a reunião, vai chegar amanhã, quarta-feira, a gente vai ser questionado: o que aconteceu lá na câmara?", disse.
Em seguida, ele também foi interrompido pelo presidente, que disse para ele conversar com Gledson no final da reunião. Já o vereador Francieder Antônio Viana (PT) fez um pronunciamento em defesa de Gledson. "Quando você apontar o dedo para alguém, tem mais três dedos apontando 'pro cê'. E você, Gledson, levanta a cabeça, sua família 'tá aí, agora você vai ver quem são os seus amigos de verdade", disse.
No dia 19 de fevereiro, Gledson Paixão foi preso pela polícia, que suspeitou que ele estaria comprando droga na comunidade Morro das Pedras, em Belo Horizonte. O vereador estava com o motorista Milton Henrique de Magalhães, funcionário da Prefeitura de Itaúna (MG). Com eles foram encontrados três pinos de cocaína. Além de vereador, Gledson também é motorista da Secretaria de Saúde e foi à capital levar pacientes que estavam em tratamento médico.
O outro detido também estava em Belo Horizonte a trabalho, segundo a Prefeitura de Itaúna. O advogado dos suspeitos disse que os clientes afirmam que a substância não pertencia a eles. A secretaria de administração da Prefeitura de Bom Sucesso informou ainda que Gledson Paixão recebeu férias da secretaria de saúde, onde é concursado na função de motorista. Uma comissão de sindicância foi formada e deve começar esta semana a apurar a conduta de Gledson.
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