Setor privado já investiu R$ 1 bilhão em Pouso Alegre - ALÔ ALÔ CIDADE

Setor privado já investiu R$ 1 bilhão em Pouso Alegre

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Aportes foram feitos entre os anos de 2010 e 2013. Dados fazem parte de um levantamento realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Investimentos em andamento somam mais R$ 838 milhões

12/02/2014 13:20
O setor industrial e de serviços de Pouso Alegre recebeu nos últimos quatro anos um investimento de R$ 1,112 bilhão. Novos empreendimentos e ampliações em andamento somam outros R$ 838 milhões. Em fase de negociação, seis novos empreendimentos podem render ao município mais R$ 1,9 bilhão nos próximos três anos. Os dados integram um estudo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Ação Regional e servirão de base para o desenvolvimento de novos programas de atração de investimentos no setor privado.
Flamma Automotiva, antiga Usiminas Automotiva, vai vai instalar duas novas linhas de montagem de cabines de caminhão em Pouso Alegre: investimento de R$ 15 milhões Foto: Prefeitura de Pouso Alegre
O levantamento mostrou que os principais investimentos se concentram na indústria farmacêutica, automotiva, alimentícia e de embalagens, além de inúmeros empreendimentos que apostam na posição estratégica da cidade, a meio caminho dos três grandes centros de produção e consumo do país, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Não por acaso, pela rodovia que corta a cidade, a Fernão Dias, passa 20% da produção brasileira.
“Os resultados que alcançamos mostram que a economia do município entrou em uma nova era. Formamos polos industriais em diversos segmentos, fortalecemos o setor de serviços e, para coroar, passamos a atrair investimentos que querem aproveitar uma das vocações do município que é o armazenamento e escoamento de produção, já que a cidade está muito bem localizada”, analisa o prefeito Agnaldo Perugini.
Considerando expansões e novas plantas fabris, desde 2010, 23 investimentos de médio e grande porte foram anunciados. O retorno da produção de latas de alumínio na cidade, pela inglesa Rexam (que adquiriu a Latasa), duas décadas depois do encerramento de suas atividades, marcou a retomada da expansão industrial na cidade. Os R$ 157 milhões investidos pela empresa em 2010 se somou a outras dezenas de empreendimentos nos anos seguintes. O maior deles continua a ser o da fabricante chinesa de máquinas para construção civil, a XCMG. Até o final de 2015, a empresa fará aporte de R$ 1 bilhão no município, quando atingirá o pico de produção (10 mil máquinas) com foco na exportação para a América Latina.
O estudo mostra a força de segmentos afins. Verdadeiras cadeias produtivas começam a se formar. É o caso dos setores de embalagem e farmacêutico. Ambos foram alvos de investimentos em série. Empresas como a Rexam, Amaral Embalagens e a Sincoplastic aplicaram R$ 160 milhões em sua base produtiva. Enquanto grupos farmacêuticos como a União Química e a Cimed injetaram outros R$ 80 milhões no setor, que aguarda ainda o aporte de R$ 68 milhões da indiana ACG.
Novos investimentos
Para os próximos anos, os grandes investimentos seguirão principalmente para o setor de logística. O sucesso desses empreendimentos está atrelado à confirmação do aeroporto internacional de cargas, que pode ter sede na cidade e depende apenas de um aval final da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC). Se confirmado, o aeroporto atrairá investimentos de R$ 1 bilhão. Na mesa de negociações da Prefeitura existe ainda a possibilidade da vinda de um condomínio logístico, um negócio de pelo menos R$ 600 milhões. Além desses dois empreendimentos, outros grupos dos ramos de embalagens, hotelaria, logística e revenda de automóveis manifestam interesse de investir até R$ 330 milhões no município.

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