Sem oferta, o número de animais destinados ao confinamento tende a cair em Minas Gerais
15/09/2014 02:36
A falta de bezerros para engorda tem limitado o número de animais
destinados ao confinamento e pressionando os preços do boi gordo em
Minas Gerais. Com a demanda aquecida, tanto no mercado interno como no
externo, os preços estão em patamares rentáveis, variando entre R$ 118 e
R$ 124 por arroba, dependendo da região do Estado, enquanto o custo de
produção da arroba gira em torno de R$ 70. Outro fator que tem garantido
rentabilidade aos pecuaristas são os preços do milho em queda, que
reduzem os custos do confinamento.
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A disponibilidade de animais
prontos para abate em todo o país é pequena frente à demanda aquecida,
principalmente do mercado externo/CFM / Divulgação
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A expectativa é que a arroba
do boi gordo permaneça em níveis elevados neste semestre. De acordo com
dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o bom
desempenho das exportações e a valorização do gado de reposição tem
restringido a oferta no mercado interno, elevando os preços nacionais.
Os frigoríficos têm trabalhado com escalas reduzidas, já que a disponibilidade de animais prontos para abate é pequena frente à demanda aquecida, principalmente do mercado externo.
Segundo o engenheiro agrônomo e coordenador técnico de bovinos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), José Alberto de Ávila Pires, em um ano os preços pagos pelo bezerro e pela arroba do boi gordo em Minas apresentaram variação significativa, conseqüência direta da oferta limitada.
"No período de setembro de 2013 a setembro de 2014, os preços do bezerro tiveram alta de 33,66%, saindo de R$ 808 para R$ 1,08 mil. No caso do boi gordo a elevação foi de 13,2%, com a arroba negociada, na média mineira, a R$ 124, frente a cotação de R$ 106 praticada no mesmo mês de 2013. Mesmo com a valorização, o confinamento não será maior, uma vez que a oferta de animais para a engorda está muito limitada", avalia o técnico.
Os frigoríficos têm trabalhado com escalas reduzidas, já que a disponibilidade de animais prontos para abate é pequena frente à demanda aquecida, principalmente do mercado externo.
Segundo o engenheiro agrônomo e coordenador técnico de bovinos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), José Alberto de Ávila Pires, em um ano os preços pagos pelo bezerro e pela arroba do boi gordo em Minas apresentaram variação significativa, conseqüência direta da oferta limitada.
"No período de setembro de 2013 a setembro de 2014, os preços do bezerro tiveram alta de 33,66%, saindo de R$ 808 para R$ 1,08 mil. No caso do boi gordo a elevação foi de 13,2%, com a arroba negociada, na média mineira, a R$ 124, frente a cotação de R$ 106 praticada no mesmo mês de 2013. Mesmo com a valorização, o confinamento não será maior, uma vez que a oferta de animais para a engorda está muito limitada", avalia o técnico.
Favorável - Os custos de confinamento estão favoráveis para o
setor. De acordo com a estimativa feita por Ávila Pires, levando em
conta a arroba negociada entre R$ 118 e R$ 122, e com os preços do milho
variando entre R$ 20 e R$ 21 por saca de 60 quilos, nas principais
regiões produtoras de Minas, a engorda de bovinos tem apresentado custos
de produção de até R$ 70 por arroba.
"O pecuarista atualmente tem retorno líqüido de R$ 48 a R$ 52 por arroba produzida. Como para cada animal confinado são produzidas cinco arrobas, tem-se lucro líqüido de R$ 240 a R$ 260 por boi confinado, o que é significativo", afirma Ávila Pires.
Apesar do mercado favorável, os pecuaristas mineiros não ampliaram o volume de animais destinados ao confinamento, o que manterá os preços sobre pressão altista ao longo dos próximos meses. De acordo com o técnico, o mercado está indicando falta de animal para confinar, o que inviabiliza a prática.
Em nível de Brasil, as indicações são de que entre 4,5 milhões a 5 milhões de bovinos sejam confinados, com Minas respondendo por cerca de 10% e um rebanho variando entre 450 mil e 500 mil bois confinados.
"O pecuarista atualmente tem retorno líqüido de R$ 48 a R$ 52 por arroba produzida. Como para cada animal confinado são produzidas cinco arrobas, tem-se lucro líqüido de R$ 240 a R$ 260 por boi confinado, o que é significativo", afirma Ávila Pires.
Apesar do mercado favorável, os pecuaristas mineiros não ampliaram o volume de animais destinados ao confinamento, o que manterá os preços sobre pressão altista ao longo dos próximos meses. De acordo com o técnico, o mercado está indicando falta de animal para confinar, o que inviabiliza a prática.
Em nível de Brasil, as indicações são de que entre 4,5 milhões a 5 milhões de bovinos sejam confinados, com Minas respondendo por cerca de 10% e um rebanho variando entre 450 mil e 500 mil bois confinados.
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