Casal é preso por roubo e cárcere privado de idoso em Varginha, MG - ALÔ ALÔ CIDADE

Casal é preso por roubo e cárcere privado de idoso em Varginha, MG

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O idoso de 72 anos era mantido dopado na sua própria casa aos fundos do imóvel em um cômodo insalubre. A vítima foi socorrida inconsciente pelo SAMU ao Hospital Bom Pastor

Casal é preso por roubo e cárcere privado de idoso em Varginha, MG - Foto: PMMG

Um homem de 26 e uma mulher de 51 anos foram presos pela Polícia Militar na noite desta quarta-feira (18/01), por cárcere privado de um idoso de 72 anos na sua própria casa. A vítima foi socorrida da própria casa onde era mantido dopado, exposto ao perigo e privado de alimentação.


Segundo informações da Polícia Militar, o caso chegou ao conhecimento da polícia via 181 e por volta das 19h, à guarnição policial foi ao endereço denunciado para verificar, na Rua Manoel Madeira, Bairro Industrial Reinaldo Forest. Na residência os militares foram atendidos pelos suspeitos e foram informados sobre a denúncia, mas o casal negou o crime.


Ainda segundo a PM, a suspeita disse ainda que se casou com o proprietário da casa, mas os policiais desconfiando perguntou sobre ele, ela acabou caindo em contradição, tentando enganar a equipe sobre o paradeiro do idoso. Depois de uma longa conversa, a suspeita levou os militares até os fundos do imóvel, local totalmente fechado e luzes apagadas, insalubre, onde a vítima, o senhor de 72 anos se encontrava inconsciente numa cama.


De acordo com a Polícia Militar, devido o estado de saúde que idoso se apresentava o Samu foi acionado para os primeiros socorros, em seguida, ele foi levado a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), após constatação de que se encontrava dopado. 

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Ainda de acordo com a Polícia, testemunhas disseram que a vítima morava com a irmã, porém ela faleceu e a suspeita de 51 anos passou a frequentar a casa aos poucos até se apoderar do local. Ainda segundo as informações, o idoso tinha uma vida normal, caminhava pelo bairro, mas desde a invasão, não foi mais vista.


A suspeita ainda alegou que o homem (suspeito), é seu filho adotivo, mas denúncias apontam que eles são amantes. Ela também apresentou um documento assinado de união estável com a vítima para os militares, porém sem reconhecimento em cartório.


A perícia técnica da Polícia Civil compareceu ao local, realizou seus trabalhos, arrecadando diversos medicamentos e resquícios de drogas.


O casal foi preso e levado para a delegacia de plantão, onde o flagrante foi ratificado.


De acordo com a assessoria da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o Idoso permanece internado e o estado de saúde estável.


A Polícia Civil divulgou nota à Imprensa sobre o caso investigado


Em Varginha, no Sul de Minas, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) autuou em flagrante uma mulher, de 51 anos, e um homem, de 26, pelo crime de roubo, agravado pelo concurso de agentes e pela restrição da liberdade da vítima, um idoso de 72 anos. A PCMG também representou pela conversão da prisão em flagrante para a prisão preventiva. O casal foi detido em flagrante pela Polícia Militar após uma denúncia anônima.


Entenda o caso

 

Segundo a denúncia, o casal estava mantendo em cativeiro um idoso, em péssimas condições de cuidado e de higiene, em imóvel do bairro Industrial Reinaldo Forest.

 

Após a abordagem dos Policiais Militares, a vítima foi encaminhada para atendimento médico, e os suspeitos, presos e encaminhados à Delegacia de Polícia de Plantão de Varginha.

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Apurações

 

As informações iniciais apontam que o idoso residia com uma irmã, que faleceu recentemente. A partir disso, a investigada teria se apoderado da casa do idoso, simulando ter se casado com ele, deixando-o fechado em um imóvel dos fundos, sem cuidados razoáveis.

 

Ela estaria com um amante na casa principal, alegando ser ele o seu “filho adotivo”. Ambos deixavam o idoso nos fundos, em condições degradantes, sem água, comida, em meio a fezes e urina.

 

A perícia oficial da Polícia Civil foi acionada e, além de confirmar as condições de manutenção por qual passava o idoso, encontrou no local bebidas alcoólicas, resquícios de drogas e, também, medicamentos possivelmente usados para dopar a vítima.

 

O delegado Alexandre Boaventura Diniz ressalta que “a prova inicial, que deverá ser aprofundada, indica que os autores praticaram esse ato grave, que assemelha aos crimes praticados pelo serial killer mundialmente conhecido Charles Sobrhaj, unicamente com intuito de se apoderar do patrimônio da vítima. Assim, existindo indicativos do dolo de subtração de patrimônio e que para obter a vantagem econômica, os autores se valeram de recursos que impossibilitaram a resistência pela vítima, foi entendido que o crime registrado consistia em roubo, agravado, cuja pena prevista, mínima e máxima, supera, respectivamente, quatro e dez anos de reclusão”.

 

Após os trabalhos de polícia judiciária os suspeitos foram encaminhados ao sistema prisional.