Previsão
é de termômetros 5°C acima da média nas regiões do Triângulo e Norte de Minas,
por até cinco dias consecutivos
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Mapa mostra onde a "bolha de calor" deverá ter maior atuação; área incluir Minas e Belo Horizonte — Foto: METSUL/DIVULGAÇÃO |
Uma onda
de calor está prestes a atingir todas as regiões de Minas Gerais, com previsão
de temperaturas que podem superar os 39°C no Norte e Triângulo Mineiro. O
Sistema de Meteorologia e Recursos Hídricos de Minas Gerais (Simge) alerta que
os termômetros podem marcar até 5°C acima da média nas regiões do Triângulo e
Norte de Minas, persistindo por até cinco dias consecutivos. Além de
representar um desafio para a saúde humana, essa onda de calor aumenta
significativamente o risco de incêndios florestais em todo o estado.
Entre os
dias 18 e 22 de setembro, uma forte massa de ar seco e quente ganhará força em
Minas Gerais, elevando as temperaturas máximas acima dos 31°C em todas as
regiões do estado. Em áreas do Noroeste, Central Mineira, Oeste, Sul e Alto
Paranaíba, as temperaturas podem chegar a 38°C durante a tarde. Já em áreas da
Zona da Mata, Metropolitana de Belo Horizonte, Vale do Rio Doce, Vale do Mucuri
e Jequitinhonha, as máximas devem variar entre 31°C e 34°C à tarde.
A partir
da quarta-feira (20), no Norte de Minas e Triângulo, onde um fluxo de vento
está trazendo ar quente para o Sul do país, as temperaturas no setor oeste do
Triângulo Mineiro, região que faz divisa com Goiás, São Paulo e Mato Grosso do
Sul, deverão atingir cerca de 39°C.
A
diretora de Operações e Eventos Críticos do Instituto Mineiro de Gestão das
Águas (Igam), Wanderlene Nacif, explica que uma onda de calor é um período
prolongado de tempo excessivamente quente e desconfortável, com temperaturas
acima do normal para a região e período do ano. Isso geralmente implica em um
mínimo de três dias com temperaturas 5°C acima dos valores máximos médios.
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Além das
preocupações com o calor extremo, esse fenômeno climático cria condições
favoráveis para o surgimento de incêndios florestais, representando uma ameaça
aos ecossistemas e à fauna. Rodrigo Bueno Belo, gerente de Prevenção e Combate
a Incêndios Florestais do Instituto Estadual de Florestas (IEF), ressalta que
as altas temperaturas aumentam consideravelmente o risco de propagação das
chamas nas Unidades de Conservação (UCs). Para enfrentar esse desafio, o estado
está mobilizando equipes e recursos, intensificando as ações por meio do
programa Minas Contra o Fogo, que envolve 36 municípios mineiros.
Além
disso, o calor extremo e as ondas de calor estão ligados às mudanças
climáticas, que tornam esses eventos mais frequentes e intensos em todo o
mundo. Minas Gerais tem se destacado internacionalmente em ações de mitigação
desses impactos, comprometendo-se a reduzir as emissões de Gases de Efeito
Estufa (GEE) até 2050. O estado também está investindo em ações de
descarbonização e em um Plano de Ação Climática.
Em meio a
essa situação, a população é orientada a tomar precauções, como evitar
exposição direta ao sol durante os horários de maior calor, manter-se
hidratado, vestir roupas leves e consumir alimentos leves. Crianças, idosos e
pessoas com condições crônicas são considerados mais vulneráveis durante uma
onda de calor.
No que
diz respeito aos incêndios florestais, moradores de áreas vulneráveis devem
evitar atividades que possam causar faíscas, como queimadas não autorizadas, e
denunciar qualquer comportamento suspeito às autoridades, contribuindo para a
preservação dos recursos naturais de Minas Gerais.