Ministério Público de Minas Gerais apresenta denúncia contra quatro colombianos envolvidos no furto de terço de ouro do Museu de Arte Sacra da Igreja do Pilar. Operação resulta em uma prisão, um casal é considerado foragido e pedido de prisão preventiva para outro envolvido
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Operação Relicário: MPMG Denuncia Quadrilha Colombiana por Furto de Rosário de Ouro em Ouro Preto, MG - Foto: Ministério Público de MG |
Na
última sexta-feira (24/11), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG)
desencadeou a Operação Relicário, oferecendo denúncia contra quatro cidadãos
colombianos envolvidos no furto de um terço de ouro do Rosário Beneditino, no
Museu de Arte Sacra da Igreja do Pilar, em Ouro Preto.
Os
denunciados William Cardona Silva, Ingrid Lorena Ceron Rincon, Carol Viviana
Pineda Rojas e Miller Daniel Hortua Laverde foram acusados pelos crimes de
furto qualificado e associação criminosa, conforme os artigos 155, § 4º, I, II
e IV, c/c art. 288, na forma do art. 69, todos do Código Penal.
O
MPMG, com base no art. 387, IV, do CPP, solicita a fixação de valor mínimo para
reparação dos danos materiais e morais causados pela infração, estipulando R$
100.000,00 (cem mil reais) para danos materiais e R$ 500.000,00 (quinhentos mil
reais) para danos morais coletivos.
Os
promotores de Justiça Fernando Mota Machado Gomes, Marcelo Azevedo Maffra e
Marcos Paulo Souza Miranda assinam a denúncia. Ingrid Lorena já está presa,
enquanto William Cardona e Carol Viviana são considerados foragidos.
Além
do furto em Ouro Preto, os denunciados, que têm antecedentes criminais em
vários estados brasileiros, são acusados de formar uma associação criminosa
especializada em crimes contra o patrimônio.
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A
dinâmica do crime envolveu o deslocamento dos colombianos até Ouro Preto, onde
realizaram levantamentos para facilitar o furto. As imagens de segurança
mostram o momento exato em que o terço foi subtraído, evidenciando a destreza e
planejamento dos envolvidos. A Operação Relicário resultou em buscas e
apreensões em São Paulo e Belo Horizonte, onde foram encontrados aparelhos
celulares e outros objetos relacionados ao crime.
Os
documentos apreendidos, laudos técnicos e relatórios de autoridades policiais
reforçam a materialidade dos delitos, consolidando as acusações contra a
quadrilha colombiana. O MPMG busca a prisão preventiva de Miller Daniel e a
transferência de Ingrid Lorena para um estabelecimento prisional em Minas
Gerais.