TJMG confirma condenação de Delegado por crimes de corrupção, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro em Sul MG - ALÔ ALÔ CIDADE

TJMG confirma condenação de Delegado por crimes de corrupção, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro em Sul MG

Compartilhar isso

Wellington Clair de Castro foi condenado a 16 anos de prisão por envolvimento em esquema de omissão na repressão ao "jogo do bicho" e recebimento de benesses em troca de facilitação de vendas de cigarros 


TJMG confirma condenação de Delegado por crimes de corrupção, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro em Sul MG - Foto: redes sociais

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou, nesta terça-feira (27/08), a condenação do delegado de polícia Wellington Clair de Castro pelos crimes de falsidade ideológica, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. A decisão foi proferida pela 1ª Câmara Criminal do tribunal, impondo ao delegado uma pena de 16 anos, 2 meses e 12 dias de reclusão, em regime inicialmente fechado, além do pagamento de multa no valor aproximado de R$ 447 mil.

 

As investigações, conduzidas pela Promotoria de Justiça de São Gonçalo do Sapucaí (MG) com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) das unidades regionais de Pouso Alegre (MG) e Varginha (MG), revelaram que entre 2008 e 2009, Wellington Clair recebia mensalmente valores para se omitir na repressão à contravenção do "jogo do bicho".

 

TJMG confirma condenação de Delegado por crimes de corrupção, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro em Sul MG - Foto: redes sociais

Além disso, entre 2015 e 2017, o delegado foi beneficiado com diárias em hotéis, cursos de oratória e viagens aéreas oferecidas por um empresário, visando a facilitar a ampliação das vendas de cigarros fabricados por ele, sem concorrência de marcas paraguaias.

 

Segundo o acórdão, Clair lavou o dinheiro oriundo dos crimes de corrupção através de negócios imobiliários e da construção de imóveis que não constavam em sua declaração de imposto de renda.

Publicidade



O TJMG também validou a atuação do Ministério Público, destacando a coleta de provas apresentada pelo empresário, em sua colaboração premiada. De acordo com o relator do caso, "os membros do Ministério Público atuaram de forma ilibada e respeitaram as garantias constitucionais e processuais penais".

 

Além da condenação penal, Wellington Clair terá que pagar indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 400 mil, perder o valor de R$ 874.831,73, que havia sido objeto de medida cautelar, e perderá seu cargo na Polícia Civil.

CIDADE NEWS

-