Policiais civis e despachantes foram sentenciados a penas que somam mais de 211 anos de reclusão e multa de quase R$ 785 mil
![]() |
MPMG obtém a condenação de policiais civis e despachantes veiculares por participação em esquema de corrupção no Detran - Foto: SINDSEMPMG |
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG)
obteve a condenação de 15 pessoas que participavam de uma organização criminosa
que fraudava serviços do Departamento de Trânsito (Detran/MG). Entre os
condenados estão policiais civis e despachantes, acusados de corrupção,
falsidade ideológica e usurpação de função pública.
A ação é
um desdobramento da Operação Êxodo 23,
deflagrada em 2019 pelo Grupo de Atuação Especial de
Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Varginha e pela Promotoria de
Justiça de Elói Mendes (MG).
O esquema criminoso funcionava por meio do pagamento de propina
para que policiais e servidores do Detran atestassem falsamente vistorias,
agilizassem a expedição de documentos e permitissem emplacamentos e lacrações
de veículos fora do órgão de trânsito.
As penas
somadas ultrapassam 211 anos de reclusão, com a pena mais alta fixada em 19
anos e um mês. Os envolvidos também foram condenados ao pagamento de quase R$ 785 mil em multas, além de R$ 200 mil por danos morais
coletivos. O MPMG também conseguiu a perda dos cargos dos policiais civis
envolvidos. Apenas aqueles que colaboraram com a investigação tiveram as penas
reduzidas e não cumprirão regime fechado.
A operação, que durou cerca de dois anos, mobilizou 101 pessoas, entre policiais e servidores do MPMG, para cumprir 16 mandados de prisão e 21 de busca e apreensão nas cidades de Elói Mendes (MG) e Varginha (MG).