Aécio Neves recebeu apoio de governadores para possível candidatura à presidência (Foto: Jéssica Balbino/ G1)
"Nesta mesma sala, há 30 anos, o então governador Tancredo Neves, ao lado de Franco Montoro, assinaram um documento provocando mobilização nacional para a volta da democracia brasileira", disse Aécio Neves, em lembrança à carta e à data.
Apesar da expectativa e de insinuações, o partido não divulgou o nome do futuro candidato tucano à presidência da República, embora o favoritismo a Aécio Neves tenha aparecido em diferentes situações e na fala de lideranças como Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Alckmin e Antônio Anastasia.
"O PSDB está do lado dos que mais necessitam. Quando os políticos calaram, as ruas falaram, mas agora o momento é seu, Aécio Neves, fale por todos nós", disse Fernando Henrique Cardoso.
O governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia, completou as palavras do ex-presidente, salientando a importância do atual senador e do encontro. "Eu tenho certeza que a semente lançada há 30 anos nos trará árvores frondosas. Essa Minas Gerais quer Aécio Neves na presidência da República", disse Anastasia.
''As coisas na política acontecem naturalmente. Há um sentimento de uma parcela do partido nessa direção, mas como presidente central do partido, queremos apresentar ao Brasil uma nova agenda"
Aécio Neves, presidente do PSDB
Resposta do presidente do partido Em entrevista à imprensa, Aécio Neves, que é também presidente nacional do PSDB, destacou que embora esteja disposto a desempenhar o papel designado pelo partido, ainda não sabe quem disputará a presidência em 2014.
"As coisas na política acontecem naturalmente. Há um sentimento de uma parcela do partido nessa direção, mas como presidente central do partido, queremos apresentar ao Brasil uma nova agenda que vá ao encontro da ética e da eficiência, mas cumprirei o papel que meu partido determinar, mas cada vez mais me convenço da importância de um novo ciclo", justificou.
Indagado, Aécio Neves enfatizou também que não há data ou especulações para apresentação do candidato do partido. "A data da política não segue o calendário normal, mas a unidade do partido foi apresentada aqui neste evento", acrescentou.
Ausência de José Serra A ausência de José Serra –que também tenta emplacar uma candidatura presidencial pelo PSDB – foi compensada pelo envio de uma mensagem a Aécio Neves, dada pelo governador de São Paulo Geraldo Alckmin. "Ele me chamou para um café no fim de semana e pediu que eu transmitisse integral apoio ao evento promovido por Aécio Neves", disse Alckmin.
O que também foi comentado por Fernando Henrique Cardoso. "Fico satisfeito de ver essa unidade do partido e progressivamente será total. Acho que daqui por diante não temos mais que pergunta se o PSDB está junto, está mais que unido", completou.

Para Aécio Neves, prisões do mensalão não são
políticas (Foto: Jéssica Balbino/ G1)
Mensalão Questionado sobre as prisões de petistas condenados no mensalão, entre eles, o ex-presidente do PT José Genoíno e o Ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, Aécio Neves defendeu que não há comemorações. "Ninguém comemora prisões ou sofrimento de quem quer que seja, por mais adversário que seja no campo político, mas há um sentimento de impunidade no país. Este julgamento deve servir de exemplo para todos os outros no Brasil", pontuou.
Para ele, as prisões não foram políticas, conforme disse o petista Rui Falcão. "Como presidente nacional do PSDB, lamento que o PT tenha confundido uma decisão da Suprema Corte brasileira com uma ação política. A prisão dos condenados no escândalo do mensalão foi feita com base em provas contundentes", acrescentou.
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