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Ato do PSDB lembra 30 anos das Diretas para fortalecer Aécio Neves

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18/11/2013 19h08 - Atualizado em 18/11/2013 20h56

Ato do PSDB lembra 30 anos das Diretas para fortalecer Aécio Neves

Cúpula se reuniu em Poços de Caldas e pediu novo pacto federativo.
Presidente do PSDB afirma que “prisões do mensalão não são políticas”.

Reunidos em um ato político para comemorar os 30 anos da "Declaração de Poços de Caldas" (documento que precedeu a campanha das Diretas Já), oito governadores, o senador Aécio neves (PSDB-MG) e o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso se reuniram nesta segunda-feira (18) em Poços de Caldas (MG) para a redação de uma nova carta e o pedido de novo pacto federativo, que engloba temas como a divisão de receita dos impostos entre municípios, estados e a União.
"Hoje nós vivemos quase que em um estado unitário, o poder central tudo tem e tudo pode e isso não faz bem para democracia. Quando todos dependem da unidade central, não há liberdade administrativa e nem política. Queremos agenda que resgate as condições dos municípios para executar suas demandas com receita para isso", declarou Aécio Neves.

Estiveram presentes os governadores José de Anchieta, de Roraima, Simão Jatene, do Pará, Teotônio Vilela Filho, de Alagoas, Siqueira Campos, de Tocantins, Antônio Anastasia, de Minas Gerais, Geraldo Alckmin, de São Paulo,  Beto Richa, do Paraná, além de Virgílio Neto, que é prefeito de Manaus.
 
Aécio Neves recebeu apoio de governadores para possível candidatura à presidência (Foto: Jéssica Balbino/ G1)
 
"Nesta mesma sala, há 30 anos, o então governador Tancredo Neves, ao lado de Franco Montoro, assinaram um documento provocando mobilização nacional para a volta da democracia brasileira", disse Aécio Neves, em lembrança à carta e à data.

Apesar da expectativa e de insinuações, o partido não divulgou o nome do futuro candidato tucano à presidência da República, embora o favoritismo a Aécio Neves tenha aparecido em diferentes situações e na fala de lideranças como Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Alckmin e Antônio Anastasia.

"O PSDB está do lado dos que mais necessitam. Quando os políticos calaram, as ruas falaram, mas agora o momento é seu, Aécio Neves, fale por todos nós", disse Fernando Henrique Cardoso.

O governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia, completou as palavras do ex-presidente, salientando a importância do atual senador e do encontro. "Eu tenho certeza que a semente lançada há 30 anos nos trará árvores frondosas. Essa Minas Gerais quer Aécio Neves na presidência da República", disse Anastasia.

 ''As coisas na política acontecem naturalmente. Há um sentimento de uma parcela do partido nessa direção, mas como presidente central do partido, queremos apresentar ao Brasil uma nova agenda"

Aécio Neves,
presidente do PSDB
 

 
Resposta do presidente do partido
Em entrevista à imprensa, Aécio Neves, que é também presidente nacional do PSDB, destacou que embora esteja disposto a desempenhar o papel designado pelo partido, ainda não sabe quem disputará a presidência em 2014.

"As coisas na política acontecem naturalmente. Há um sentimento de uma parcela do partido nessa direção, mas como presidente central do partido, queremos apresentar ao Brasil uma nova agenda que vá ao encontro da ética e da eficiência, mas cumprirei o papel que meu partido determinar, mas cada vez mais me convenço da importância de um novo ciclo", justificou.
Indagado, Aécio Neves enfatizou também que não há data ou especulações para apresentação do candidato do partido. "A data da política não segue o calendário normal, mas a unidade do partido foi apresentada aqui neste evento", acrescentou.
Ausência de José Serra
A ausência de José Serra –que também tenta emplacar uma candidatura presidencial pelo PSDB – foi compensada pelo envio de uma mensagem a Aécio Neves, dada pelo governador de São Paulo Geraldo Alckmin. "Ele me chamou para um café no fim de semana e pediu que eu transmitisse integral apoio ao evento promovido por Aécio Neves", disse Alckmin.

O que também foi comentado por Fernando Henrique Cardoso. "Fico satisfeito de ver essa unidade do partido e progressivamente será total. Acho que daqui por diante não temos mais que pergunta se o
PSDB está junto, está mais que unido", completou.

 

 
Para Aécio Neves, prisões do mensalão não são
políticas (Foto: Jéssica Balbino/ G1)


Mensalão Questionado sobre as prisões de petistas condenados no mensalão, entre eles, o ex-presidente do PT José Genoíno e o Ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, Aécio Neves defendeu que não há comemorações. "Ninguém comemora prisões ou sofrimento de quem quer que seja, por mais adversário que seja no campo político, mas há um sentimento de impunidade no país. Este julgamento deve servir de exemplo para todos os outros no Brasil", pontuou.

Para ele, as prisões não foram políticas, conforme disse o petista Rui Falcão. "Como presidente nacional do PSDB, lamento que o PT tenha confundido uma decisão da Suprema Corte brasileira com uma ação política. A prisão dos condenados no escândalo do mensalão foi feita com base em provas contundentes", acrescentou. 
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