Estudantes IF em Muzambinho desenvolveram estudo da semente. Expectativa é de que plantio seja nova alternativa econômica a produtores.
24/08/2015 22:55
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Pesquisa comprova viabilidade de cultivo de chia no Sul de Minas - Foto/reprodução |
Uma pesquisa feita por estudantes do Instituto Federal do Sul de Minas (IF Sul de Minas) no campus de Muzambinho
(MG) constatou que o Sul de Minas é uma das regiões do Brasil mais
propícias para o plantio de chia, semente natural do México, bastante
utilizada em dietas de emagrecimento.
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Chia é muito usada em dietas para emagrecimento (Foto: Reprodução EPTV) |
As sementes, que são ricas em nutrientes, fibras, proteína e ômega 3,
estão sendo analisadas no laboratório de bromatologia e água da
instituição. Após um estudo feito por professores e alunos, ficou
constatada a viabilidade de produção na região.
Normalmente a semente é consumida com frutas, iogurtes, sucos e
vitaminas. Ela é encontrada em supermercados ou lojas de produtos
naturais e o quilo da semente varia entre R$ 40 e R$ 60. As
propriedades da semente são benéficas para colesterol alto e diabetes.
De acordo com a professora Ariana Vieira Silva, que é engenheira e
lidera a pesquisa, foi verificada a produtividade da chia tanto no
inverno como no verão na região. “Concluímos que no verão ela pode ser
plantada com facilidade, devido ao clima contribuir para isso,
especialmente com a temperatura”, disse.
Foram testados também diferentes tipos de fertilizantes, tanto minerais
como orgânicos. “Tivemos bom resultado, tanto no fertilizante mineral
como no esterco bovino, deu em média 1.200 kg por hectare”, comentou a
professora.
A média conquistada foi a mesma existente em outros países onde a
semente é produzida. “Conquistamos 30% de fibra, 35% de carboidratos e
35% de gordura. Nas próximas fases vamos avaliar o Ômega 3 e Ômega 6”,
destacou Ariana.
Ainda de acordo com ela, a chia deverá ser plantada na entrelinha do
café, para agregar mais um produto aos produtores locais. “Vamos atuar
em café novo, principalmente, e pode ser uma nova alternativa econômica
na região”, acrescentou.
Fonte: G1