Justiça determina que Cambuquira, MG, seja abastecida pela Copasa - ALÔ ALÔ CIDADE

Justiça determina que Cambuquira, MG, seja abastecida pela Copasa

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Após quase uma década de impasses, serviço será feito pela companhia.
Autarquia Municipal deixa de prestar o atendimento à população

05/12/2014 21:15
Depois de quase uma década de impasses, a Justiça determinou que a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) assuma o abastecimento de água e esgoto em Cambuquira (MG) imediatamente. Até então, o serviço era feito por uma autarquia municipal, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae).
Os trabalhos emergenciais já começaram a ser feitos, mas a companhia ainda não tem previsão de quando vai começar a cobrar pelo serviço e garante que a população só vai pagar pela conta quando as obras de adequação da rede estiverem concluídas, garantindo o abastecimento de água tratada em toda a cidade.
A aposentada Renilda Eduiges Martins já perdeu as contas de quantas vezes ficou sem água em casa. Agora, ela espera que a Copasa resolva o problema. “Já cheguei a ficar seis dias sem água, espero que não aconteça mais”, contou.
Uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) começou a ser construída pela Copasa, mas uma ação judicial suspendeu a obra, no entanto, segundo o chefe do departamento operacional da regional sul, Guilherme Frasson, já existem ajustes sendo feitos. “Estamos tratamento para terminar a captação, o tratamento e acreditamos que em até 180 dias teremos o abastecimento equilibrado”, disse.
Cambuquira passa a ser abastecida pela Copasa (Foto: Reprodução EPTV)
Cambuquira passa a ser abastecida pela Copasa (Foto: Reprodução EPTV)
Impasses no contrato
O contrato entre a Copasa e a Prefeitura de Cambuquira existe desde 2005 e vale por 30 anos, mas a Câmara Municipal questionou, na época, a assinatura do documento sem a aprovação dos vereadores. Desde então, vários impasses impediram que o serviço fosse prestado pela companhia.
Por isso o prefeito Evanderson Xavier preferiu instituir oficialmente o Saae e em 2012 toda a estrutura foi erguida para o início dos trabalhos da autarquia. Toda obra custou cerca de R$ 4 milhões.
“Muitos moradores não estavam pagando a tarifa cobrada pelo Saae e assim que fomos notificados sobre a decisão judicial, passamos o serviço para a Copasa. Sem arrecadação não dava para pagar energia e combustível, então procuramos a Copasa, mas vamos recorrer da decisão, já que somos o único município que está recebendo a Copasa sem que o projeto seja aprovado pela Câmara”, destacou o prefeito.

Leia na íntegra G1