Operação denuncia grupo suspeito de facilitar retirada de CNH no Sul de Minas - ALÔ ALÔ CIDADE

Operação denuncia grupo suspeito de facilitar retirada de CNH no Sul de Minas

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No esquema, candidatos reprovados em exame conseguiam habilitação.
Funcionário do Detran de Varginha e duas autoescolas são suspeitos

03/12/2014
Uma operação da Polícia Civil de Varginha MG em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de Minas Gerais denunciou um grupo suspeito de  fraudar documentos para facilitar a retirada da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em Varginha e Três Corações MG. Ao todo foram denunciados ao Ministério Público 58 candidatos, um funcionário do Detran de Varginha e duas autoescolas. O resultado da operação foi apresentado na manhã desta quarta-feira (3).
De acordo com o delegado regional Eduardo da Silva, as pessoas que eram reprovadas no exame procuravam uma das autoescolas para intermediar uma facilitação na retirada do documento. O candidato pagava um valor de cerca de R$ 3,2 mil para os centros de formação e os documentos poderiam ser retirados como se o candidato tivesse sido aprovado no exame.
Segundo a polícia, os prontuários de candidatos de outras cidades eram transferidos para Três Corações com endereço falso. Assim, o policial inseria as aprovações no sistema do Detran, viabilizando a emissão dos documentos. As investigações apontam ainda que as pessoas que tiraram a carteira de motorista por esse meio sequer foram a Três Corações para os exames de legislação ou direção.
Operação denuncia grupo suspeito de facilitar retirada de CNH em Varginha e Três Corações (Foto: Reprodução EPTV)
Operação denuncia grupo suspeito de facilitar retirada de CNH em Varginha e Três Corações (Foto: Reprodução EPTV)
O promotor de Justiça Mário Antônio Conceição disse que as provas são suficientes para denunciar os suspeitos ao MP. Eles também estão sendo indiciados no inquérito policial. "Foi uma investigação minuciosa, complexa e as provas são robustas, haja vista que estão fundamentadas em sistemas, relatórios de informática que nos foi apresentado, e o MP de posse desses dados ajuizou ação penal pedindo a punição dessas pessoas", explica.
Ainda segundo o promotor, o grupo vai responder por crime de corrupção ativa, corrupção passiva, falsidade ideológica e falsificação de inserção de dados em sistemas informáticos. As penas podem chegar até a 20 anos de detenção. Os suspeitos também podem ter que pagar multa de até R$ 500 mil.
O MP também solicitou o afastamento imediato do servidor público suspeito de dar sustentação ao esquema criminoso. Ainda de acordo com o promotor, ele é considerado o que exercia um dos principais papeis no esquema.

Informações: Polícia Civil
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